A “podridão” de Meirelles nas Bahamas é revelada pelo Tijolaço
Em reportagem de hoje no site Tijolaço, o jornalista Fernando Brito revela como o ministro Henrique Meirelles usou empresas abertas no paraíso fiscal das Bahamas, para manter os R$ 217 milhões que recebeu em consultorias.
Segundo Brito, Meirelles manteve a própria mãe, já falecida, como sócia em suas offshores.
Frisando que os rolos empresariais de Henrique Meirelles vêm de longe, Brito revela que em 2004, o PSDB pediu a sua demissão do Governo Lula porque seu primo (e procurador) Marco Túlio Pereira de Campos, foi detido no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando embarcava para Brasília, levando na pasta R$ 32 mil em espécie.
Meirelles era acusado de ter aberto uma empresa quando já estava no Governo, a Catenária Participações, aberta em Goiás, em 2003, tendo o então presidente do BC e a mãe, Diva, que tinha então 94 anos, como sócios. Ele, com R$ 299.970 e a mãe com meros R$ 30.
Diz Brito, na continuidade, que dona Diva morreu em 20 de julho de 2006, aos 97 anos, mas isso não impediu que a empresa fosse transferida, em 27 de outubro do mesmo ano, para São Paulo, ainda com ela constando como sócia. “Não é uma acusação leviana, o documento de registro na Junta Comercial está aqui”, destaca o jornalista.
No ano seguinte, em 16/02/2007, de acordo com Brito, é feito um aumento de capital para R$ 400 mil. Dona Diva, lá no céu, continua com 30 reais, apenas.
Só em abril de 2012 ela é retirada da sociedade, assumindo, com participação societária de R$ 1 , um certo Lourival Kos Antunes Maciel, diretor e responsável pela empresa, ex- Fininvest, que acabara de deixar o cargo de diretor presidente da Distribuidora Finabank de Títulos e Valores Mobiliários, comprada por um grupo colombiano.
“Aparece aí pela primeira vez um sobrenome japonês, Kishyiyma. Eduardo torna-se sócio da Catenária, com participação de 16 reais.
Pouco antes, em 22/07/2011 , a Catenária havia fundado a “Nova Catenária” , empresa de capital registrado de apenas R$ 10 mil (dos quais R$ 9.999,00 de Henrique Meirelles, com o objeto social de promover “Serviços de Organização de Feiras, Congressos, Exposições e Festas”, além de treinamento e desenvolvimento gerencial. O registro na Junta Comercial está aqui.
Em fevereiro de 2012, ela muda de nome para Nova Catenária Consultoria Empresarial e passa a prestar serviços de “Consultoria em Gestão Empresarial” e, dois meses depois, muda o nome para Henrique Meirelles & Associados, com R$ 1.099.999 e O Lourival com R$ 485 e Eduardo Kishyiama, com os tais 16 reais.
Até então um desconhecido, que só saíra nos jornais por ter escapado com vida de um acidente no Jabaquara, em 2004, Fernando assume em 2015 o lugar de Lourival Kos e se torna sócio também de Henrique Meirelles numa pequena empresa, de mil reais de capital registrado, a Campos Meirelles Participações Societárias.
Mas o que tem de mais o senhor Fernando Kishiyama?
Pois ele é “testa” de duas empresas off-shore das Bahamas, a Aosta e a a Horus, ambas localizadas no Bahmas Fibnacial Centre, na Shirley& Chalotte Street, na capital, Nassau, quarto andar, endereço manjadíssimo do “Panamá Papers“.
Tudo isso com duas horas de Google.
Imaginem se o Lula tem 5% desta história, que powerpoint daria? Imaginem se o Lula pusesse a Dona Lindu com 30 reais de sócia de suas empresas?”, conclui Brito, na reportagem.
Com Brasil 247