Abstenções e nulos: sinal de alerta para os políticos
Assim como no primeiro turno das eleições, realizado no dia 02 deste mês, ontem também se registrou um alto índice de abstenção e de votos nulos, o que foi considerado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitor, ministro Gilmar Mendes, uma espécie de distanciamento entre o eleitor e os políticos.
Em todo o país, 25,8 milhões de eleitores (78,45%) compareceram às urnas, de um total de 32,9 milhões que estavam aptos a votar. Ou seja, cerca de 7 milhões não votaram, levando a uma abstenção de 21,55% neste segundo turno.
Percentuais
No primeiro turno nas eleições de 2016, mais de 25 milhões de eleitores (17,58%) não compareceram às urnas para votar.
Segundo o TSE, as eleições de 2012 – para prefeito e vereador – totalizaram 16,41 de abstenções e as de 2014 – para presidente e governador] – registraram quase 20% de abstenção.
No primeiro turno de 2008, o índice de abstenção foi mais baixo, de 14,5%, com 18,7 milhões de eleitores, não tendo comparecido às urnas.
A ausência do eleitor nas votações demonstra em primeiro lugar, a descrença do eleitorado na classe política e serve de alerta a eles, de que a insatisfação está latente, ensejando que a reforma política – tão aguardada, mas protelada -, terá que ser conforme a realidade está a exigir.