Acusações: Lula revida e diz que não vai permitir mentiras
Em revide às declarações do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, em depoimento ontem à Lava Jato – de que Lula tinha “pleno conhecimento” do esquema de corrupção na estatal – o ex-presidente partiu para o ataque contra a imprensa.
Em discurso na abertura da etapa paulista do 6.º Congresso Nacional do PT, também ontem, Lula ameaçou “mandar prender” quem espalha “mentiras” contra ele e disse que, se voltar a ser presidente, vai fazer a regulamentação dos meios de comunicação.
Candidato da Globo
O petista voltou a reclamar da cobertura da imprensa no caso da Lava Jato. Segundo ele “ficaram dois anos dizendo que eu seria preso”. “Se eles não me prenderem quem sabe um dia eu mando prender eles por mentir”, disse ele.
Na sequência, Lula voltou a dizer que quer ser candidato a presidente e enfrentar “um candidato da Rede Globo”, para poder falar durante a campanha sobre a regulamentação dos meios de comunicação. “Quero que tenha um candidato com um ‘plim plim’ no peito, para que possamos dizer claramente que vamos regulamerntar os meios de comunicação”, afirmou.
A regulamentação é um pleito antigo dos setores mais radicais do PT, que tanto Lula quanto a ex-presidente Dilma Rousseff rejeitaram durante os 13 anos de mandato petista.
Agora, com o partido tentando se reconstruir diante da maior crise de sua história, setores mais amplos do PT voltaram a incluir a regulamentação da mídia, em um eventual programa partidário.
Depois de ter se comparado a uma jararaca, Lula usou a cobertura sobre a Lava Jato e seu crescimento nas pesquisas para se comparar a um mandacaru, espécie de cactus típica do sertão nordestino. “O que eles não sabem é como o mandacaru sobrevive. Ele não precisa de muita água e eu não preciso de imprensa, preciso olhar nos olhos de vocês.”
O petista admitiu a hipótese de ser impedido legalmente de disputar a eleição e disse que, se isso ocorrer, “vamos disputar na Justiça”.
Mentiras
Lula não falou explicitamente sobre as declarações de Duque, mas tornou a refutar as “mentiras” das quais diz ser vítima. Segundo ele, a Lava Jato já tem uma “tese pronta”, que o coloca como líder de uma organização criminosa. “O que não vou permitir, é que continuem mentindo como estão mentindo a meu respeito”, disse o petista, voltando a desafiar “qualquer um” a dizer que “depositou R$ 10 ilegais” na sua conta.
Às vésperas de prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância – que acontece na quarta-feira da semana que vem – Lula disse que o objetivo da operação é “destruir a política” e aproveitou para fustigar um de seus potenciais adversários em 2018, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). “O resultado é o surgimento de um fascista que é o Bolsonaro”, disse Lula.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), outro potencial adversário em 2018, também foi alvo de ataques. Lula chamou o tucano de “coxinha” e “almofadinha”. “Um coxinha ganhou as eleições em São Paulo, se fazendo passar por ‘João Trabalhador’. Se alguém encontrar com ele, pergunte se já teve uma carteira assinada na vida”, afirmou o petista.
O discurso de 50 minutos, no entanto, também teve momentos de humor. O primeiro foi quando emulou o deputado Paulo Maluf (PP-SP) e disse que o tríplex no Guarujá, o qual é acusado de ser dono oculto, é na verdade “três Minha Casa Minha Vida um em cima do doutro”.
Mujica
Convidado de honra do evento, o ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica, em sua fala criticou o sistema partidário brasileiro, afirmando que “a desgraça do Brasil”, é a pulverização política. Mujica alertou sobre o risco de amplas alianças, como as que elegeram Lula e Dilma. “Nas políticas de alianças, é preciso saber até onde vão estas alianças”, disse o político uruguaio.
A frase foi interpretada como uma referência aos partidos que apoiaram a eleição de Dilma e depois votaram pelo impeachment da petista.
Da redação com Estadão
O Lula poderia diminuir consideravelmente o número de “mentiras” veiculadas pela imprensa, bastaria que ficasse calado.
O povo de “Banania” pode se preparar para sobreviver a uma ditadura, caso o “Jararaleco” vença a eleição presidencial de 2018. É o que se extrai da fala da “ameba” por ocasião do 6º Congresso nacional do PT na qual ele defeca pela boca. Disse que: “Se eles não me prenderem quem sabe um dia eu mando prender eles por mentir”, referindo-se aos Procuradores na Operação Lavajato. Pelo que saiba, em governos democráticos o Executivo não manda prender pessoa(s) alguma(s). Isso é de competência exclusiva do Poder Judiciário. Nos governos ditatoriais de “amiguinhos” do semialfabetizado é que ocorrem esses atos atentatórios contra o estado democrático de direito. Mas, com certeza, Deus é maior e não permitirá o nascedouro da ditadura dos petralhas e dos petrogatunos.
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