Aécio Neves, recluso em casa, teme aprovação de prisão pelo STF

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Acabou a valentia do playboy (Valter Campanato/Agência Brasil)

Acabou a valentia do playboy
(Valter Campanato/Agência Brasil)

Depois de promover um turbilhão de coisas por “birra” em ter perdido as eleições presidenciais em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG), vê seu poder político desandar a cada dia que passa, com a iminência do Supremo Tribunal Federal (STF) votar pela sua prisão, em sessão da Primeira Turma da Corte, marcada para a próxima terça-feira (20).
Afastado de seu cargo no Senado, por determinação do STF, Aécio está recluso em sua casa no Lago Sul, em Brasília desde o dia 17 de maio, quando foi divulgado conteúdo do áudio que registrou o pedido de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista sob o argumento de que precisava de dinheiro para custear sua defesa na Operação Lava Jato.
Aécio Neves tem dito a quem o visita que sua situação é “kafkiana”.
Segundo o Estadão Conteúdo ontem, aliados que estiveram com ele nos últimos dias disseram que o tucano avalia que em condições normais de temperatura e pressão, o pedido de sua prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo seria rejeitado, mas que no atual cenário tudo pode acontecer. Esse temor se cristalizou quando a Primeira Turma do STF manteve a prisão de sua irmã, Andrea Neves, na semana que passou.
Ao saber da decisão sobre a irmã, Aécio se desesperou. O tucano não consegue conter o choro quando fala sobre Andrea. “Ele está profundamente indignado, sobretudo com a situação da irmã”, disse José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela.
Apesar de recluso, Aécio tem se articulado em várias frentes para tentar impedir sua cassação no Senado, evitar a implosão completa de sua base política em Minas e reforçar sua defesa pública. Ele também tem atuado na vida partidária e foi um dos responsáveis pelo movimento que manteve o PSDB na base de Michel Temer, pelo menos por ora.
Pessoas próximas ao tucano consideraram um erro a postagem feita na semana passada, nas redes sociais, de uma foto que mostrava uma reunião em sua casa com caciques tucanos. A imagem está sendo usada pela Procuradoria Geral da República (PGR), para embasar o pedido de prisão contra o tucano uma vez que mesmo afastado do cargo de senador, Aécio continua com as articulações, pensando em ainda ter o controle da situação.
Da Redação com Estadão Conteúdo

 

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