Aécio Neves, recluso em casa, teme aprovação de prisão pelo STF
Depois de promover um turbilhão de coisas por “birra” em ter perdido as eleições presidenciais em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG), vê seu poder político desandar a cada dia que passa, com a iminência do Supremo Tribunal Federal (STF) votar pela sua prisão, em sessão da Primeira Turma da Corte, marcada para a próxima terça-feira (20).
Afastado de seu cargo no Senado, por determinação do STF, Aécio está recluso em sua casa no Lago Sul, em Brasília desde o dia 17 de maio, quando foi divulgado conteúdo do áudio que registrou o pedido de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista sob o argumento de que precisava de dinheiro para custear sua defesa na Operação Lava Jato.
Aécio Neves tem dito a quem o visita que sua situação é “kafkiana”.
Segundo o Estadão Conteúdo ontem, aliados que estiveram com ele nos últimos dias disseram que o tucano avalia que em condições normais de temperatura e pressão, o pedido de sua prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo seria rejeitado, mas que no atual cenário tudo pode acontecer. Esse temor se cristalizou quando a Primeira Turma do STF manteve a prisão de sua irmã, Andrea Neves, na semana que passou.
Ao saber da decisão sobre a irmã, Aécio se desesperou. O tucano não consegue conter o choro quando fala sobre Andrea. “Ele está profundamente indignado, sobretudo com a situação da irmã”, disse José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela.
Apesar de recluso, Aécio tem se articulado em várias frentes para tentar impedir sua cassação no Senado, evitar a implosão completa de sua base política em Minas e reforçar sua defesa pública. Ele também tem atuado na vida partidária e foi um dos responsáveis pelo movimento que manteve o PSDB na base de Michel Temer, pelo menos por ora.
Pessoas próximas ao tucano consideraram um erro a postagem feita na semana passada, nas redes sociais, de uma foto que mostrava uma reunião em sua casa com caciques tucanos. A imagem está sendo usada pela Procuradoria Geral da República (PGR), para embasar o pedido de prisão contra o tucano uma vez que mesmo afastado do cargo de senador, Aécio continua com as articulações, pensando em ainda ter o controle da situação.
Da Redação com Estadão Conteúdo