Agentes prisionais ameaçam entrar em greve

(Foto: Diário de Cuiabá)

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Em assembleia marcada para a tarde de hoje, em Cuiabá, os agentes penitenciários de Mato Grosso decidem se entram ou não em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima semana.
Em negociação há pelo menos um ano com o Governo do Estado, os agentes alegam que a mensagem de lei que dispõe sobre a jornada voluntária, encaminhada à Assembleia Legislativa (AL), não contempla os servidores. Eles cobram a realização de concurso público para amenizar o déficit de mais de 800 profissionais na área.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen-MT), João Batista, está será a última cartada para tentar mudar os rumos e atender as necessidades do sistema penitenciário, que soma 2.500 agentes prisionais em todo o Estado. “Temos um acordo com o governo do Estado desde o início de 2015, inclusive, com prazo de cumprimento. No caso do concurso público o primeiro acordo é que seria lançado em dezembro do ano passado. Depois, ficou para junho deste ano e, depois, para outubro, mas até agora nada”, afirmou.
Jornada voluntária
Outro ponto a ser abordado na assembleia da categoria é o projeto da jornada voluntária, que foi encaminhada a Assembleia Legislativa. Porém, conforme Batista, não contempla as necessidades dos servidores. Para explicar o motivo, ele compara a jornada voluntária proposta aos agentes ao da Policia Militar (PM).
No caso da PM, segundo ele, o pagamento extra é de 0.75% em cima do salário deles enquanto do sistema penitenciário, conforme previsto no projeto, conta apenas 0.50%. Por isso, a categoria entende que o percentual está bem abaixo da categoria militar e não aceita o proposto.
“Estamos totalmente sem representatividade, sem um olhar consciente para o sistema penitenciário e para as mazelas no dia-a-dia. Ainda dentro das unidades, é comum encontrar, além da superlotação e números insuficientes de servidores para atender as diversas atividades, falta de manutenção e reparo nas paredes que muitas vezes são depredadas por presos e permanecem com celas interligadas por falta da aquisição de material de construção para reparar essa depreciação”, disse.
Equipamentos
Batista afirma ainda que outro problema grave que vem ocorrendo seria a falta de coletes balísticos, uma vez que o transporte de presos requer equipamentos, principalmente, de proteção individual como coletes, que não são suficientes para atender toda a demanda, “fazendo com que vários servidores tenham que trabalhar armados e fazer escoltas sem a devida proteção, colocando em risco, a sua devida segurança”, finalizou.
Com Diário de Cuiabá

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