Aplicações em paraíso fiscal

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"Amaggi , está declarada", diz Blairo

Blairo disse que empresa está declarada

Conforme matéria da Revista Piauí, entre as figuras ligadas à política brasileira, o ex-governador de Mato Grosso, ex-senador e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi – um dos maiores produtores de soja do mundo – aparece como beneficiário final da Amaggi Luxembourg, com 29,2 milhões de euros – o equivalente a cerca de R$ 190 milhões, em ativos.
A matéria cita que, pelo menos 358 pessoas com nacionalidade brasileira ou residência no Brasil são beneficiárias finais de 448 empresas em Luxemburgo – um dos principais paraísos fiscais do mundo.
Os ativos dessas companhias somavam ao menos 112,6 bilhões de euros, ou 722,6 bilhões de reais em valores corrigidos. Da lista fazem parte políticos, empresários, banqueiros e doleiros, alguns envolvidos em conhecidos casos de crime e corrupção no Brasil – mas há também gente famosa ou anônima sem passagem pelo noticiário policial.
Beneficiário final
O beneficiário final é, em linguagem não especializada, a pessoa física por trás da empresa (ou conjunto de empresas), aquela que detém pelo menos 25% de suas ações. Os dados são de dezembro de 2019 (atualizados para valores de dezembro de 2020) e integram a base do Open Lux, investigação desenvolvida pelo Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP), um consórcio internacional de jornalistas investigativos, e pelo jornal francês Le Monde, que extraiu os dados completos do site do governo de Luxemburgo. As informações sobre o Brasil foram analisadas pelo OCCRP e pela Piauí.
Possuir bens e direitos no exterior não é ilegal, desde que isso esteja devidamente declarado no imposto de renda. Se houver mais de 1 milhão de dólares de patrimônio, deve-se ainda informar o Banco Central.
À revista, Blairo Maggi afirmou ter declarado a empresa à Receita e ao Banco Central brasileiros.
Da Redação com Revista Piauí

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