Bando que “tocou o terror” em Confresa, fugiu em cinco lanchas pela Ilha do Bananal
O bando que tentou assaltar uma unidade da empresa de valores Brinks, na tarde do Domingo de Páscoa, em Confresa no Mato Grosso, passou ontem, pelas aldeias indígenas Karajá e Tapirapé, com homens encapuzados e fortemente armados, até alcançarem a divisa do Estado com o Tocantins.
Continuando, fugiram pela Ilha do Bananal – cercada pelos rios Araguaia e Javaés-, onde embarcaram em cinco lanchas que já os esperavam, conforme relato do cacique Carlos Waximauri, da aldeia Hawalora , no município de Santa Terezinha, na região de Confresa.
A liderança indígena relatou que o bando do estilo “Novo Cangaço”, passou por dentro da sua aldeia, vindo pela estrada que liga a uma fazenda. “Eles chegaram aqui muito apavorados e nervosos, em quatro veículos e fortemente armados. Deram a perceber que não queriam confusão com os índios, apenas fugir. Na fuga eles deixaram dois carros na Fazenda Tapiraguá e dois na aldeia vizinha Itxala do cacique Alex Weura. Um dos bandidos voltou de moto e ateou fogo com explosivos e um dos carros explodiu, provocando um barulho ensurdecedor”, disse o líder indígena.
Um morto
Um dos criminosos foi baleado e morreu durante confronto com as Forças de Segurança de Mato Grosso, na noite de ontem (10). Junto com ele foi apreendido um fuzil 7.62.
Na perseguição, que já entra no segundo dia, foram apreendidos 2 armas calibre 50, muitas munições, coletes e capacetes balísticos, um motor de popa 50 HP, 1 caminhão que ia dar apoio ao grupo criminoso.
Cerca de 80 homens do Bope, GOE, GCCO e Ciopaer continuam na busca pelos responsáveis no Estado do Tocantins. O cerco aos criminosos também conta com o apoio das secretarias de Segurança Pública de Goiás, Pará e também do Tocantins.
As ações na captura dos criminosos conta com apoio da Força aérea Brasileira, que auxilia nas buscas para identificar possíveis aeronaves que possam dar fuga aos criminosos, também pelos estados vizinhos a Mato Grosso.