Bezerra será investigado por participação no esquema que elegeu Eduardo Cunha
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na semana passada, a abertura de inquérito quanto ao esquema de compra de votos que teria favorecido a eleição de Eduardo Cunha (MDB-RJ) para presidente da Câmara dos Deputados, em 2015.
O inquérito, por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro, envolve 18 políticos e teve por base fatos narrados na delação premiada de Ricardo Saud, ex-executivo da J&F.
Carlos Bezerra
Dentre os que serão investigados, está o deputado federal por Mato Grosso e rondopolitano Carlos Bezerra (MDB), que teria participado do esquema com os demais citados na delação de Saud, os quais, conforme a Procuradoria Geral da República (PGR), teriam recebido R$ 30 milhões em 2014, para que Eduardo Cunha fosse eleito presidente da Câmara dos Deputados, “para fazer contraponto, à então presidente Dilma Rousseff”.
Conforme a delação, o dinheiro teria sido repassado por doações oficiais, entregas em dinheiro vivo e por emissão de notas fiscais frias, sem a prestação do serviço.
Carlos Bezerra e mais outros dois deputados federais envolvidos devem responder ao processo no STF, enquanto os restantes prestarão depoimentos no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) sediado em Brasília, porque não detêm mais o foro privilegiado.
Já respondendo por outras ações federais (conforme matérias veiculadas, anteriormente, pelo blog), Bezerra pode ter seu mandato ameaçado ainda mais, de vir a sofrer cassação.