Bolsonaro acaba com a aposentadoria especial dos professores
Antes de se internar no Hospital Albert Einstein em São Paulo, para se submeter a cirurgia para retirada da bolsa de colostomia, Jair Bolsonaro se reuniu com a equipe econômica de seu governo e mandou “laço”, prá cima do “lombo” dos professores, com o envio ao Congresso Nacional na segunda-feira (4) do projeto que prevê aposentadoria integral para a categoria, apenas para professores que cumprirem, no mínimo, 40 anos de sala de aula.
Com isso, só vão poder “usufruir” da aposentadoria integral, quem alcançar a idade mínima de 60 anos (não confundir, com aposentadoria aos 60 anos). É aposentadoria, a partir dessa idade, ou seja, pode chegar a 70, 75 ou mais.
Além disso, pela regra de transição anunciada, a partir do ano que vem (2020) os professores terão, obrigatoriamente, também que somar pontos para adquirir o direito de se aposentar. Para o cálculo, soma-se idade + tempo de contribuição. Professoras começam com 81 pontos. E professores com dez a mais, ou seja, 91 pontos
Pontuação aumenta até o limite de 100
A cada ano que passa, somatório cresce um ponto até o limite de 100. Nesse limite de 100, se uma professora que tem 60 anos de idade quiser se aposentar, terá que ter contribuído por 40 anos. O mesmo valerá para o professor. Quarenta anos, aliás, é o tempo mínimo de contribuição previsto na reforma para quem quiser aposentadoria integral.
Aposentadoria integral (quase) impossível
Ao final da regra de transição, só terá aposentadoria integral quem contribuir por no mínimo 40 anos para a previdência. No caso de uma professora ou professor da rede pública que tenha iniciado na sala de aula aos 25 anos de idade, somente aos 65 conquistará uma aposentadoria integral. Ou seja, 40 anos de sala de aula. Caso queira se aposentar com a idade mínima de 25 anos de contribuição (atualmente é 15), só leva 60% do salário.
Da Redação com informações Estadão/Agência Brasil/Folha de S.Paulo