Bolsonaro diz que Holocausto pode ser perdoado
Ao completar cem dias de governo (?), Jair Bolsonaro já coleciona uma série de declarações estapafúrdias e descabidas, que ao mesmo tempo em que causam a nós, brasileiros, uma vergonha imensurável e oferecem sérios riscos a nossa balança de exportações, como as declarações sobre rever contratos comerciais com a China (grande comprador da soja produzida no país); a transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalem, em Israel, que gerou imediata resposta da Liga Árabe (formada por 22 países do Oriente Médio), responsável pela compra de produtos nossos, que somaram 13,5 milhões de dólares, dentro de um total de 7,1 bilhão de dólares do superávit brasileiro, no ano passado; e a desfeita ao povo palestino, cujas autoridades não foram visitadas durante sua permanência em Israel no início deste mês e a visita ao Muro das Lamentações, acompanhado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que não consta do protocolo normalmente utilizado por demais chefes de estado, que visitam aquele país.
Isso, sem citar os “micos” em suas falas públicas e as medidas anti-sociais e contra o meio-ambiente, que têm gerado mal-estar em grande parte dos países desenvolvidos.
Holocausto
Como se já não bastasse ter afirmado que o nazismo alemão foi um movimento de esquerda, tese refutada pelos próprios alemães e pelo Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Tel Aviv, o capitão da reserva saiu-se com mais uma, poderia se dizer escatológica, declaração, no dia 11 durante o almoço do Encontro do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil, no Rio de Janeiro, de que “nós podemos perdoar, mas não esquecer o Holocausto” – genocídio que vitimou mais de 6 milhões de judeus (entre crianças, mulheres e homens) promovido pelo regime nazista de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial.
Imediatamente, o presidente israelense Reuven Rivlin, endossado pelo Memorial do Holocausto, criticou pelo Twitter a infeliz declaração de Bolsonaro a respeito do assunto, afirmando que “Nunca vamos perdoar e nunca vamos esquecer. Os líderes políticos são responsáveis, por moldar o futuro. Historiadores descrevem o passado e pesquisam o que aconteceu. Nenhum, deve entrar no território do outro”, disse ele, sem fazer menção ao capitão da reserva que hoje ocupa o Palácio do Planalto.
Mas apesar de tudo isso ter acontecido e causado grandes estragos em tão pouco espaço de tempo, ainda há os que continuam o defendendo e rosnam contra os que o criticam!