Bolsonaro e Mourão: a dobradinha do absurdo

O candidato a vice de Bolsonaro, o general da reserva do Exército Hamilton Mourão, continua a falar “pérolas”, que ao invés de somarem, prejudicam a imagem de ambos.
Depois de dizer que “Criminalidade é culpa da mãe e avó, que criam filhos sem um homem” e que “família só com pai e avô, é fábrica de elementos desajustados”, o militar da reserva em palestra na quarta-feira, durante evento no Rio Grande do Sul, criticou o 13º salário, classificando-o como uma das “jabuticabas” brasileiras, assinalando que “Como a gente arrecada 12 (meses) e paga 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais.”
Uma eventual extinção do 13º gera mais dificuldades para o consumo das famílias e, como consequência, para a retomada do crescimento econômico. A declaração de Mourão tem estreita relação com a Reforma Trabalhista, aprovada pelo governo Michel Temer no ano passado.
Já Bolsonaro, que igualmente também cita “perólas” absurdas, em seu “Plano de Governo prá Valer”, apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prevê, dentre outros, que: a entrada de imigrantes no País possa ser barrada por “razões ideológicas”; o fim das cotas para minorias; privatização e concessão de serviços hospitalares ligados ao SUS; privatização de unidades prisionais e até o uso de armas de fogo contra manifestantes no momento da posse, caso ele seja eleito, dentre outros assuntos que se alinham com a política externa dos Estados Unidos.
Como se pode ver, os dois se completam!