"Cabou-se", mineirinho (Carlos Becerra)

Aécio passou a ser réu com a decisão do STF
(Carlos Becerra/El País)

Dois anos atrás, em 17 de abril de 2016, golpistas festejavam a “queda” de Dilma Roussef, referendada por votos esdrúxulos de uma sessão da Câmara dos Deputados igualmente esdrúxula, comandada pelo salafrário Eduardo Cunha, que ficará marcada na história política brasileira como altamente vergonhosa.
Coincidentemente, na tarde de hoje começou o troco do golpe atiçado odiosamente por Aécio Neves, inconformado por ter perdido as eleições de 2014, para a petista.
Em sessão não transmitida pela TV Justiça, por determinação da presidente do STF, Carmem Lúcia, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitaram a denúncia formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e o transformaram em réu, pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça, a partir da delação feita por Joesley Batista, da JBS.
A maioria dos ministros – Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux – seguiu o voto do relator Marco Aurélio Mello pelos dois crimes. Alexandre de Moraes votou para aceitar a denúncia por corrupção, mas rejeitou o crime de obstrução de Justiça.
Também foi aceita a denúncia, pelos mesmos crimes, contra Andréa Neves, irmã de Aécio; do primo Frederico Pacheco (aquele que foi citado no áudio da conversa entre Joesley e Aécio, que iria pegar o dinheiro e que o tucano disse que se delatasse o imbróglio, seria morto, lembram?); e de Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrela (MDB-MG).
Este, é apenas o primeiro dos nove inquéritos a que ele responde no STF.
Cadê a bateção de panelas, a tomação de champanhe importada e as camisas da seleção?

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