Campus da Unemat: a Rondonópolis, as migalhas!
Há 17 anos, Rondonópolis vem sendo preterida na questão de instalação de um campus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), em claro desprezo pela importância sócio- econômica que o município possui, no contexto do Estado, enquanto em outros municípios de menor porte e de menor expressão socioeconômica, como Alto Araguaia, Alta Floresta, Barra do Bugres, Cáceres, Colíder, Diamantino, Juara, Luciara, Nova Mutum, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Sinop e Tangará da Serra, isso já é realidade.
Lembro-me bem, sem querer ser parcial, que em uma de suas campanhas passadas, o atual prefeito Zé Carlos do Pátio (SD), foi voz solitária na defesa da implantação de uma unidade dessa instituição, em nossa cidade.
Àquela época, interesses – sabe-se lá de que origem –, não permitiram que isso acontecesse.
Agora, depois de muita gritaria e às vésperas da implantação da Unemat em Rondonópolis, mais injustiça se comete com a cidade que é o segundo polo produtor e arrecadador de tributos para os cofres do Estado.
Vejamos: enquanto uma sede PROVISÓRIA será destinada para a implantação aqui dos cursos de Ciência da Computação e de Letras – com previsão para o segundo semestre do ano, do curso de Direito -, para a Unemat de Lucas do Verde, o governo Pedro Taques (PSDB) está definindo convênio para a implantação de cursos de graduação em Engenharia Civil e Alimentos, com destinação de R$ 3,3 milhões. Paralelamente, está sendo construído um segundo campus da universidade em Sinop, também no médio norte de Mato Grosso, que terá graduação, especialização e mestrado e contará com um centro de pesquisas tecnológicas, destinado às áreas de Engenharia, numa área total de 25,4 mil m² , com edificação de 20 mil m², distribuída em três blocos, com capacidade para atendimento de 1,5 mil acadêmicos, em investimento público da ordem de R$ 12 milhões.
Reiterando, o que deixa a população e as comunidades estudantil e docente de Rondonópolis mais perplexas é que são daqui os três senadores mato-grossenses – Wellington Fagundes (PR), José Antônio Medeiros (PSD) e o licenciado e atual ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP) -, os dois deputados federais – Carlos Bezerra (PMDB) e Adilton Sachetti (PSB), e os três estaduais Nininho e Gilmar Fabris (PSD) e Sebastião Rezende (PSC).
Apesar dessa força política enorme, Rondonópolis continua esmolando e esperando que o retorno da significativa arrecadação de impostos seja feito, mas emperra na incompreensível e letárgica vontade dos nossos representantes políticos, o que, no mínimo, podemos considerar como uma situação vergonhosa.
No mínimo!