Cancelamento de títulos eleitorais não vale em MT
A Justiça Eleitoral de Mato Grosso descumpriu a orientação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e autorizou 171 mil pessoas que não passaram pelo recadastramento biométrico (identificação pelas digitais, assinatura e fotografia), a votarem no próximo domingo e no segundo turno.
Autor da ação no Supremo, o PSB pedia a suspensão do cancelamento dos títulos – sob alegação, justamente, de que a exclusão dos documentos pode “fazer diferença no pleito”. Segundo o partido, a medida prejudica eleitores pobres, que não teriam conseguido chegar à zona eleitoral para a revisão.
De acordo com o Judiciário mato-grossense, o cancelamento desses títulos “poderia interferir” no resultado. A informação foi divulgada pela Revista Piauí.
A Justiça Eleitoral em Minas Gerais, onde 213 mil títulos foram de fato cancelados, também considera que a anulação dos títulos pode ter efeito na votação. No estado, os 213 mil cancelamentos são 1,4% do eleitorado local.
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, na semana passada, a anulação de 3,4 milhões de títulos de eleitores que não fizeram o recadastramento, em 1.248 cidades escolhidas pelo TSE para o ritual burocrático.
O número de cancelamentos representa 2,4% dos 147,3 milhões de brasileiros aptos a votar neste ano.
Com Brasil 247