Candidato a prefeito é procurado por fraude em contratações
Esquema dispensava concursos para nomear apadrinhados
Um candidato à Prefeitura de Carapicuíba (SP) e um ex-deputado estadual daquele estado, estão foragidos da polícia por suposto envolvimento em esquema de contratações fraudulentas, na Prefeitura do município paulista.
Everaldo Francisco da Silva, candidato a prefeito pelo PT, e Isaac Franco dos Reis, ex- deputado estadual também pelo PT, estão sendo procurados.
Seis integrantes do governo municipal, foram presos preventivamente.
Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, vereadores e servidores do executivo trabalhavam juntos para dispensar concursos públicos, nomear apadrinhados para cargos na área da saúde e definir quem receberia um benefício pago a pessoas desempregadas. Em troca teriam a fidelidade do voto.
Entre as provas apresentadas pelo MP, está um documento com nomes referentes às nomeações de um dos vereadores, com direito a recibo. As promotoras do caso estimam que o esquema funcionava pelo menos desde 2013.
Os vereadores Carlos Roberto Mendes Peixoto (PPS), Orcival Crepaldi (PPS), Elias Fernandes Cassundé (PPS), Jeferson Sores de Macedo (PSDB) foram presos na tarde desta terça junto a ex-diretora de Recursos Humanos da Prefeitura de Carapicuíba, Elaine Cristina Pereira.
Durante a noite, os quatro vereadores e a ex-servidora presos passaram por exame no IML e foram para a prisão. Além deles, o vereador Paulo Xavier (PSDB) está preso desde maio.
Balaio de gatos
O Ministério Público paulista investigou e apurou que o vereador Paulo Xavier havia contratado essas cinco pessoas, incluindo sua mulher Kelly Cristina da Silva, que só aparecia na Câmara em dia de sessão, quando o marido discursava.
Angelo Batista Amorim, também contratado pelo vereador, na verdade era dono e trabalhava numa loja de roupas, apenas aparecia no legislativo para assinar o ponto.
Nilton, trabalhava na Paulo Xavier Imóveis, imobiliária que era do próprio vereador, também só aparecia para assinar o ponto.
Daniela Martins Custódio, que estava em regime semi aberto depois de ser condenada a 22 anos de prisão por latrocínio, roubo seguido de morte. também era contratada do vereador como assessora parlamentar. Como ela não poderia ter sido indicada para o cargo, o parlamentar contratou a mãe dela, Idalice Martins Custódio para supostamente trabalhar na Secretaria de Saúde e repassar o salário para a filha.
Se as coisas funcionassem como deveria, muitos gestores municipais e vereadores que usaram e abusaram de prática de contratação parecida, já estariam enquadrados pela Justiça.
E ainda têm a ousadia de saírem candidatos à reeleição, nas eleições deste ano.
Com G1 SP