Capitão Bombeiro é preso por estuprar a filha durante 20 anos e dois netos, por 4
Ontem, a Polícia Civil prendeu um capitão da reserva do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), de 59 anos, por abusar sexualmente da própria filha – durante mais de duas décadas -, e de um neto e uma neta, de 9 e 10 anos, respectivamente, por quatro anos.
Os crimes
Conforme denúncias, o capitão BM estuprou a filha pela primeira vez, quando ela tinha seis anos, e os abusos teriam continuado até ela completar 27 anos. Em relação aos netos, eles teriam, supostamente, sido violentados pelo avô, durante quatro anos.
Os crimes só teriam parado em abril de 2023, quando a filha do capitão da reserva procurou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia, para denunciar o caso. Em novembro último, uma das avós dos netos do bombeiro foi à 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) e também registrou ocorrência por estupros supostamente cometidos contra as crianças.
A 24ª DP, então, pediu à Justiça a prisão do militar, e o mandado foi cumprido ontem, em um apartamento de Águas Claras (GO). Pelo fato de os crimes investigados envolverem crianças, o militar não teve o nome divulgado pela reportagem.
Segundo apurou a reportagem do Metrópoles, o delegado-chefe da 24ª DP, Fábio Farias, afirmou que declarações dos parentes do acusado e das vítimas foram “contundentes no sentido dos abusos”. “Em depoimento especial, uma das crianças confirmou o crime, inclusive o que havia sido dito pela avó, na ocorrência”, destacou.
No relato a policiais da Deam 2, a mãe de uma das crianças também contou que, em uma ocasião, enquanto dava banho no filho, ele reclamou de um toque na altura do ouvido. “O garoto estranhou, falou que não gostava desse tipo de brincadeira e começou a chorar. A mãe estranhou, e a criança confessou que ‘o vovô’ pegava e colocava a boca na parte íntima do menino”, detalhou o delegado.
Em 2023, a Deam 2 chegou a fazer um pedido de prisão contra o bombeiro, mas a Justiça não o autorizou, por entender que medidas alternativas ao encarceramento seriam suficientes. Agora, o militar deve responder pelo crime de estupro de vulnerável. O tempo máximo da pena, somados os casos, pode chegar a 60 anos de reclusão.
Por enquanto, o investigado segue detido em um batalhão do Corpo de Bombeiros, por se tratar de capitão da reserva da corporação. Diante desse caso, o delegado Fábio Farias chamou a atenção para que as famílias prestem atenção ao relatos de menores de idade que podem ser vítimas de abuso sexual.
“Quando a criança comenta algo assim, não se pode, de forma alguma, questionar ou repreender. Na maioria esmagadora dos casos de delitos contra a dignidade sexual, os autores são pessoas de dentro da família”, alertou o policial civil.
O CBMDF segue acompanhando o caso juntamente aos setores responsáveis e reitera que prima pela conduta ilibada e exemplar dos bombeiros militares, que são pautadas pelos regulamentos e pilares que norteiam a corporação. “Estamos empenhados em investigar quaisquer denúncias de irregularidades e garantir que medidas adequadas sejam tomadas”, concluiu a instituição.
Da Redação com Metrópoles