Carlinhos Bezerra tem pedido de prisão domiciliar contestado pelo MPE
O assassino confesso Carlos Alberto Gomes Bezerra, o Carlinhos, de 57 anos, autor do duplo homicídio que matou a tiros de pistola 380 sua ex-companheira Thays Machado e o namorado William César Moreno, na tarde do dia 18 de janeiro deste ano, no bairro Consil, em Cuiabá, teve pedido de substituição da prisão preventiva para domiciliar, feito por sua defesa à Justiça, contestado pelo Ministério Público Estadual (MPE).
No pedido de substituição da prisão, a defesa arguiu que Carlinhos sofre de diabetes tipo 2 – a mais grave – e que, por isso, se pleiteava a mudança de regime prisional.
O MPE, através de parecer assinado pelo promotor de Justiça Jaime Romaquelli, contestou o pedido, destacando que, “a prisão domiciliar não admite apenas a prova da enfermidade, sendo necessária também a comprovação de que o preso esteja extremamente debilitado. O que não é o caso do réu”.
Na sequência do parecer, o promotor frisa que a Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa – Mata Grande, em Rondonópolis, possui médicos que viabilizarão o tratamento adequado à doença e que conceder a prisão domiciliar a Carlinhos, sob esse argumento, “seria como conceder um passaporte a todos os portadores de doença de qualquer tipo, para cometer crimes livremente, na certeza de que não permanecerão presos”.
O réu, que é filho do ex-deputado federal Carlos Gomes Bezerra, está recluso na Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa – Mata Grande – em Rondonópolis, desde o dia 02 de fevereiro, quando foi transferido da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, em razão da defesa alegar que seu cliente corria risco de integridade física, naquela unidade penal.
O pedido da defesa, bem como o parecer do MPE, serão analisados pela Justiça.