Casal de jaguatiricas será enviado para projeto de conservação no Tocantins
Um casal de jaguatiricas será enviado pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA) para o estado do Tocantins, onde fará parte de um projeto de conservação da biodiversidade da fauna. A medida irá garantir a variabilidade genética de reprodução da espécie e é apenas uma das ações realizadas pelo órgão ambiental, em defesa dos animais silvestres.
A instituição escolhida para receber as jaguatiricas, um macho e uma fêmea, é a reserva conservacionista Piracema, em Almas, no sudoeste do Tocantins. O empreendimento atua na preservação de espécies ameaçadas e animais resgatados. Veja aqui o vídeo da jaguatirica macho.
“São animais que serão integrados ao sistema de conservação “ex situ”, ou seja, fora do seu habitat natural. É um mecanismo importantíssimo na conservação da biodiversidade faunística, pois garante a variabilidade genética reprodutiva através do seu revigoramento”, explicou a médica veterinária Danny Moraes, servidora da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da SEMA.
Danny, que também é Mestre e Doutora em Ciências Veterinárias, ressaltou que, dentre as inúmeras ações que o órgão ambiental realiza para proteger a fauna mato-grossense, a conservação do patrimônio genético em cativeiro é somente uma das ferramentas.
“Manter a genética de cativeiro viável tem se mostrado um crucial mecanismo de conservação em várias partes do mundo. Programas de conservação como este podem, futuramente, dispor de indivíduos para soltura em ambientes naturais”, completou.
A conservação “ex situ” é uma estratégia que contempla componentes da biodiversidade ou de recursos genéticos animal, vegetal e microbiano fora de seu habitat natural, sendo uma alternativa para diminuir a perda contínua de recursos genéticos em razão das pressões sobre o meio ambiente, como, por exemplo, os impactos das mudanças climáticas.
A viagem das jaguatiricas até o novo lar no Tocantins está prevista para domingo (17), por meios terrestres. Ambas são microchipadas, o que permite a sua identificação e rastreamento.
Elas permanecerão no recinto Piracema por tempo indeterminado e a SEMA irá acompanhar todo o processo de adaptação dos animais.