Sorriso feliz: Feliciano é reembolsado em R$ 157 mil por tratamento bucal

Tratamento foi prá ficar "bem na foto" (Arquivo/CD)

Tratamento prá ficar “bem na foto”
(Arquivo/CD)

Enquanto a saúde pública brasileira “vai prás cucuias” e os brasileiros voltam a ficar desdentados por “falta” de recursos suficientes para tratamentos odontológicos mais complexos, fatos escabrosos  continuam sendo protagonizadas por aqueles que deveriam zelar pela correta aplicação dos impostos arrecadados em benefício da população, mas que usam dos cargos para benefício próprio.
É o caso do deputado federal e pastor Marcos Feliciano (Podemos-SP), moralista ao extremo quando se trata de criticar os outros, que foi reembolsado em R$ 157 mil pela Câmara Federal, na semana passada, decorrente de despesas com tratamento odontológico para correção de mandíbula e implante de coroas, realizado numa clínica especializada em Luziânia (GO), a 47 km de Brasília.
“Bem na foto”
Na sua justificativa a matéria do Estadão, Feliciano argumentou que precisava corrigir um problema de articulação na mandíbula e reconstruir o sorriso com coroas e implantes na boca, por ser político e pregador religioso. “Minha boca é minha ferramenta”, frisou.
Cita o diário paulista, que todo deputado federal tem um plano médico, ligado à Caixa Econômica Federal (CEF) e tanto despesas com serviços médicos quanto odontológicos, podem ser reembolsadas pela Casa, que desde 2013, passou a autorizar, quase que automaticamente, despesas de até R$ 50 mil. Valores acima disso, têm de passar por aprovação da Mesa Diretora, que pode aprovar qualquer quantia.
Em resposta à matéria do Estadão, a Câmara dos Deputados, afirmou, em nota, que o reembolso da despesa odontológica foi autorizado pela Mesa Diretora, de acordo com o Ato da Mesa 89/2013, que estabelece as normas para esse tipo de pagamento. E que o “parecer do departamento médico foi seguido em sua totalidade”.
Consulta a especialistas
O Estadão consultou dois especialistas nesse tipo de procedimento, que afirmaram que o valor reembolsado pela Câmara é alto, uma vez que esse tipo de patologia não necessita de intervenção cirúrgica. Ambos, contudo, disseram que as tabela vigentes de convênios e afins não servem como parâmetro neste caso e que cada dentista tem a liberdade de cobrar o preço que achar justo.
E os “mortais comuns”, assim como eu e você, somos obrigados pela legislação tributária a bancar essa e outras mordomias, dos “nobres” parlamentares!
Da Redação com Estadão

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