CEF reduz limite para financiamento de imóveis usados
A partir de amanhã (25), os mutuários terão mais dificuldade em financiar a compra de imóveis usados pela Caixa Econômica Federal (CEF).
Sob a alegação de que está faltando dinheiro para as transações de linha de financiamento, a CEF – que deixou há muito tempo de ser um banco de cunho social – reduziu em 50% o limite de financiamento de imóveis para todas as modalidades, como Minha Casa Minha Vida, empréstimos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (que usa recursos da poupança).
Em nota divulgada na sexta-feira (22), o banco informou que o novo limite vigorará para as futuras operações de crédito. As propostas em análise entregues até a semana que passou, continuarão a operar sob os limites antigos, caso o empréstimo seja liberado.
Responsável por 70% do crédito imobiliário no país, a Caixa informou que a redução dos limites ajusta o capital disponível da instituição financeira às condições do setor, cujo volume de crédito está crescendo neste ano. De maio a julho, o valor das concessões de financiamentos com juros regulados – como os imobiliários – somou R$ 2,4 bilhões, alta de 24% em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril).
Imóveis novos
Num cenário de crescimento da demanda por crédito em meio a um capital limitado, a Caixa está dando prioridade aos financiamentos para a aquisição de imóveis novos. Em agosto, o banco tinha reduzido de 90% para 80% do valor da unidade o teto para a compra de imóveis novos e de 90% para 60% ou 70% o limite para a compra de imóveis usados.
Em maio, a Caixa tinha suspendido para o restante do ano a linha pró-cotista FGTS, que usa recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o financiamento de unidades de até R$ 950 mil e cobra juros de até 8,66% ao ano de trabalhadores com carteira assinada. O banco alegou falta de recursos e informou que essa linha só será retomada em 2018.
Da Redação com Agência Brasil