Celebração religiosa marca 3 anos da morte da ex-presidente do Sanear
Na manhã de hoje (15), foi realizada uma cerimônia religiosa na unidade do Sanear no bairro Monte Líbano, em Rondonópolis, relacionada aos três anos da morte da ex-presidente Terezinha Silva de Souza.
Iniciado às 07h30, o ato “in memoriam” teve a participação de trabalhadores da autarquia, do presidente, Paulo José Correia, do prefeito José Carlos do Pátio, secretários municipais, vereadores, amigos e de familiares da ex-presidente.
Execução
Terezinha, de 54 anos à época, foi executada com sete tiros de pistola ponto 40 – de uso exclusivo das Forças Armadas -, principalmente na cabeça, no interior do veículo da autarquia que a conduzia para o trabalho, na manhã do dia 15 de janeiro de 2021, em um semáforo no Centro de Rondonópolis.
Dois homens em uma motocicleta seguiram a caminhonete em que a vítima estava e se aproximaram do veículo que parou no semáforo, quando os ocupantes da moto emparelharam com a caminhonete pelo lado do passageiro e dispararam contra a vítima.
Apesar de socorrida pelo motorista- que havia sido atingido de raspão – e levada à Santa Casa de Misericórdia, Terezinha não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
O crime completa três anos hoje, dia 15, e continua sem solução.
Executor
Após um ano de investigações, foi confirmado pela Polícia Civil, que o executor do crime – o ex-policial militar Edvan de Souza Santos, à época lotado no Gefron, em Pontes e Lacerda (MT) se encontrava preso naquela cidade, acusado de envolvimento em quatro homicídios em que foi usada a prática de pistolagem, a mesma utilizada na execução da diretora do Sanear.
Apesar do prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, declarar na ocasião, que cobraria das autoridades policiais e do governador Mauro Mendes, incansavelmente, a apuração detalhada e o desfecho da brutal e covarde execução que sofreu Terezinha Silva de Souza, o caso se arrasta até hoje, sem apresentar solução.
Família
Os famíliares seguem abalados pela forma violenta como perderam Terezinha e inconformados pela demora na elucidação do caso.
A sobrinha Iolanda renova os comentários sobre a angústia da família, uma vez que os mandantes do crime brutal ainda continuam à solta, apesar de decorridos três anos da execução a que foi submetida a ex-presidente da autarquia.
“Apesar do tempo decorrido, ainda temos esperança de que as autoridades vão resolver o caso e de que todos os envolvidos serão punidos. Mas é angustiante esta espera, assim como em muitos casos de mulheres mortas pelos posicionamentos políticos pelo país afora, como aconteceu com a minha tia Terezinha, alvo de um crime político.”
Quem mandou matar Terezinha? E por qual motivo? São perguntas que não somente a família faz, mas também toda a sociedade rondonopolitana continua a fazer, que até hoje não obteve respostas sobre a covarde execução, que ceifou a vida da então diretora do Sanear.
E enquanto isso não é respondido, os familiares afirmam que continuarão clamando por justiça, para que o assassinato não caia no esquecimento e que todos os envolvidos no crime sejam descobertos, julgados e condenados, como manda a Lei.