Cheirando a “armação”
No final da tarde de ontem, conforme matéria postada pelo blog com informações do UOL, Jair Bolsonaro teria ligado para o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para que o corte de 30% nos orçamentos das universidades e institutos federais e o contingenciamento no MEC, fossem suspensos.
Minutos depois, a Folha de São Paulo veiculou matéria dizendo que, que segundo a Casa Civil, essa informação não procedia e que as medidas no MEC, estavam mantidas.
A ligação teria sido presenciada pelo líder do governo na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO) e outras doze lideranças partidárias, que haviam ido ao gabinete de Bolsonaro, para solicitar que o governo recuasse do corte orçamentário no MEC. “O presidente atendeu “prontamente” ao pedido, no que ele considerou um claro aceno ao Parlamento. Pegou o telefone, ligou para o ministro da Educação e disse: ‘ó, a decisão tá tomada. Sem cortes e contingenciamento, não quero. Decisão tomada’”, contou o líder do PSL, dizendo ainda que Abraham Weintraub teria tentado argumentar, mas que Bolsonaro foi enfático na decisão.
Depois de ter sido desmentido pelo Palácio do Planalto, em relação ao recuo no corte, o parlamentar goiano disse que, “ao negar a decisão, a Casa Civil está desmentindo o próprio presidente da República”, frisando que Onyx Lorenzoni, ministro da Pasta em questão, não participou da reunião e que chegou ao gabinete, após o final do encontro.
Mais tarde, Lorenzoni disse que teria havido confusão (adivinhem de quem?) entre corte e contingenciamento.
Esse “disse não disse”, aponta para uma jogada de última hora, que qualquer leigo no assunto pode deduzir que tudo não passou de “armação”, para tentar desestabilizar as manifestações contra as medidas arbitrárias em relação à Educação e à Previdência, que estão acontecendo hoje, em todo o País.
Aliás, de “armação” esse governo que aí está, entende muito bem!
Da Redação com informações do Correio Braziliense