Clientes boicotam Lojas Marisa no Dia das Mães
A rede varejista de roupas femininas Lojas Marisa – que explorou o nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia, já falecida, em uma campanha publicitária ontem (leia a matéria, aqui)-, recebeu como “troco” um boicote das clientes hoje, véspera do Dia das Mães.
Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, um grupo chegou a protestar na frente de uma das lojas da rede, enquanto nas redes sociais, usuários divulgaram fotos dos cartões da loja quebrados, resgataram denúncias de trabalho escravo contra a empresa e ainda uma denúncia de que ela operou com uma doleira presa na Lava Jato.
Trabalho escravo
Em março de 2010, no Blog do Sakamoto, as Lojas Marisas foram alvo de citação, por conivência com trabalho escravo. (Leia a matéria completa, aqui)
Segundo a reportagem, numa operação auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP) inspecionaram as instalações da Indústria de Comércio e Roupas CSV Ltda., registrada em nome do boliviano Valboa Febrero Gusmán, em 18 de fevereiro daquele ano.
Na oficina de costura que funcionava Zona Norte da capital paulista, foram encontrados 16 bolivianos (um deles com menos de 18 anos) e um jovem peruano, trabalhando em condições análogas à escravidão na fabricação de roupas femininas. Entre elas, peças com etiquetas para a rede de magazines Marisa.
A partir daí, um rastreamento da cadeia produtiva da oficina realizado pelos auditores fiscais confirmou que as peças eram produzidas para a rede, que possui mais de 220 lojas e 44 milhões de clientes/ano.