Comércio volta a funcionar na segunda-feira

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Atividades voltam à normalidade no dia 6 (Ilustrativa/O Tempo)

Atividades voltam à normalidade no dia 6
(Ilustrativa/O Tempo)

Em recurso deferido ontem (3) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), interposto pela Prefeitura Municipal de Rondonópolis, fica suspensa a decisão do desembargador Mário Kono de Oliveira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e exarada no dia 23 do mês de passado, que determinava lockdown na cidade, no período de 26 de junho a 09 de julho.
Com a suspensão pelo STF, o comércio local fica autorizado a reabrir a portas na segunda-feira (06), inclusive supermercados e postos de combustíveis retornando às atividades nos finais de semana.
A medida, no entanto, não suspende a proibição da venda de bebidas alcoólicas por qualquer estabelecimento comercial e o toque de recolher a partir das 19h, conforme determinações dos decretos municipais 9480 e 9570/2020.
Todo esse vuco-vuco, de abre e fecha comércio, poderia ter sido evitado se o Comitê de Gestão de Crise – criado especialmente para gerar regras, a serem seguidas pela população neste período de pandemia do coronavírus – tivesse analisado mais detalhadamente a situação crítica que se avizinhava e normatizado a fiscalização mais rígida, das medidas constantes dos dois decretos assinados pelo prefeito Zé Carlos do Pátio (SD).
Por sua vez, o prefeito também dá péssimo exemplo, ao não seguir suas próprias determinações, quando promove aglomerações em bairros para entrega de títulos de posse e inaugurações variadas, contando com a conivência da maior parte dos vereadores, os quais passaram a dar sustentação à administração municipal e até participam dos atos do chefe do Executivo Municipal.
O prefeito peca ainda, quando nomeia para cargos estratégicos no combate à pandemia, pessoas despreparadas, que não sabem nem para que lado fica o Norte e sem o menor conhecimento da área de saúde pública para as funções, como por exemplo, do de gerente do Departamento de Saúde Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que agrega as vigilâncias Sanitária e Epidemiológica, que vem sendo ocupado por Gil Machado, por indicação política, e que concorreu a uma vaga de vereadora nas eleições de 2016 pelo PRB; partido este, que fez parte da aliança política de apoio à reeleição do ex-prefeito Percival Santos Muniz, candidato derrotado por Zé do Pátio.
Igualmente, grande parte da população tem culpa no cartório também, por não manter o isolamento social recomendado, dando continuidade a hábitos até então considerados normais, se esbaldando em festas, confraternizações e passeios, que causaram aglomerações e a consequente disseminação do coronavírus em níveis cada vez mais rápidos e sucessivos, que colaborou para que Rondonópolis tenha chegado à marca dos 65 óbitos até ontem (03), a 1.754 casos confirmados, com 443 pessoas em isolamento domiciliar e 93 hospitalizados, além da sobrecarga de leitos de UTI’s.
Por último, aos comerciantes locais também falta um maior senso de civilidade, por não darem a importância devida à situação crítica que Rondonópolis vem passando, com o aumento assustador de casos fatais e de contaminados pelo Covid-19, cujo quadro pode redundar em calamidade pública, diante da superlotação de leitos de UTI nas unidades hospitalares da cidade.
Há de se acrescentar ainda, o uso vergonhoso da situação por elementos ligados à política, com o intuito único de tornarem seus nomes conhecidos do grande público para pleitearem uma vaga a Prefeito ou de vereador nas eleições deste ano, deixando de lado o mais importante no momento, que é o de conter o avanço desenfreado e altamente mortal do coronavírus.

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