Contas inativas: saques só a partir de março
Anunciado inicialmente pelo governo federal, de que os saques poderiam ser feitos a partir deste mês, a liberação do saldo de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), só vai começar no dia 13 de março, beneficiando uma primeira leva de trabalhadores.
Até o dia 31 de julho, todos os brasileiros que têm dinheiro nessas contas, poderão fazer o resgate do montante acumulado nos anos de serviço. O governo espera que 15 milhões de pessoas realizem os saques. Ao todo, R$ 30 bilhões devem entrar em circulação na economia brasileira com a medida, o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de bens e serviços produzidos no país).
Casas lotéricas
Para facilitar a logística, a Caixa Econômica Federal (CEF) estuda creditar os valores que ficarão disponíveis para aqueles trabalhadores que têm conta no banco. E, para auxiliar o pagamento de valores menores, o banco analisa fazer os repasses por meio de correspondentes bancários, como as casas lotéricas.
O banco ainda trabalha com a possibilidade de informar os trabalhadores sobre a liberação do saque, por mensagem de texto no celular. Por isso, a instituição financeira corre para atualizar o banco de dados.
Beneficiados
Atualmente, há 18,6 milhões de contas inativas no FGTS. O saldo delas é de R$ 41 bilhões. Serão beneficiados com os saques todos os trabalhadores que pediram demissão ou foram demitidos por justa causa até o fim de 2015. A medida não vale para pessoas que permanecem no mesmo emprego, mas têm conta inativa porque a empresa mudou de CNPJ.
O governo espera que, com a liberação desses recursos, haja não apenas a regularização de dívidas das famílias, mas um aquecimento dos setores de comércio e serviços. Isso pode melhorar a previsão de crescimento para o ano que vem.
A previsão dos analistas do mercado financeiro é que o Brasil crescerá apenas 0,5% neste ano. No fim do ano passado, essa estimativa estava em queda, e o governo procurava medidas para reverter o pessimismo em relação à economia brasileira.
Com Agência O Globo/Thiago Herdy