Corpo de dona Marisa Letícia é velado em São Bernardo do Campo

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Sindicância vai apurar responsabilidades (Foto: Estadão)

(Foto: Estadão)

O velório da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva teve início por volta das 9 horas de hoje (4), no anfiteatro do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP). Inicialmente, apenas familiares e amigos próximos estão tendo acesso ao local. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao sindicato às 8h45.
Em uma fila que se estende por aproximadamente um quarteirão na lateral do edifício, populares aguardam a liberação, para poderem se despedir da ex-primeira dama. Um mural foi instalado na entrada do sindicato, para que as pessoas registrem mensagens de pesar pela morte de Marisa Letícia e de apoio ao ex-presidente Lula.
O velório deverá ser encerrado por volta das 15 horas, quando o corpo de dona Marisa Letícia será levado para o crematório do cemitério Jardim da Colina, em cerimônia reservada a família.
A ex-primeira-dama morreu ontem (3), aos 66 anos, após ficar dez dias internada no hospital Sírio- Libanês. No último dia 24, ela sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico.
Breve histórico
Com descendência italiana por parte do pai e da mãe, Marisa nasceu em 7 de abril de 1950 em São Bernardo do Campo (SP). De origem humilde, sua família morava em uma casa de pau-a-pique e chão batido. Começou a trabalhar aos nove anos como babá e aos 13 tornou-se embaladora de bombons da extinta fábrica Dulcora. Aos 21, casou-se com o motorista Marcos, que foi morto durante um assalto, quando ela estava grávida de quatro meses do primeiro filho, Marcos Cláudio.
Em 1973, conheceu Lula, na época também viúvo, quando foi até o Sindicato dos Metalúrgicos buscar um carimbo para retirar sua pensão. No ano seguinte eles se casaram. Tiveram três filhos ¬- Luis Cláudio, Fábio Luis e Sandro Luis – e ficaram juntos desde então.
Conhecida pelo “sangue quente”, dona Marisa era quem cuidava das finanças da casa e “quem mandava” no lar, segundo relatos do próprio ex-presidente.
Avessa aos holofotes, ajudou na formação do PT. Responsável pelas fichas de inscrição da sigla na época, muitas vezes ela saia às ruas para cadastrar novos filiados, buscando convencê-los da importância de montar um partido dos trabalhadores.
Das campanhas eleitorais de Lula à Presidência, ela teve participação ativa, viajando ao lado do marido e até subindo nos palanques. Na jornada de 2002, quando o marido elegeu-se pela primeira vez presidente do Brasil, ela ajudou Lula a melhorar sua imagem junto ao eleitorado feminino. Com a vitória do petista, tornou-se a primeira ex-babá a virar primeira-dama do País.
Da redação com Estadão e G1 SP

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