CPFs de falecidos estariam sendo usados por fura-filas
Quando se trata de se obter vantagem por “linhas tortas”, o ser humano usa de elementos que ultrapassam o campo da compreensão, da razão e da decência, não importando se estamos ou não sob uma severa pandemia por coronavírus.
Neste aspecto, o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), por meio da Secretaria de Controle Externo (Secex) de Saúde e Meio Ambiente, identificou possível fraude mediante utilização de dados de 27 pessoas já falecidas, por parte de fura-filas da vacinação contra Covid-19, em 22 municípios do Estado.
O levantamento foi realizado no período de 18 de janeiro a 15 de março deste ano, com o cruzamento de dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e do Sistema Informatizado de Controle de Óbitos (Sisobi), que detectou que a data de vacinação foi posterior à data do óbito, e o nome do vacinado, assim como a data de nascimento, coincidiu com os do falecido.
Municípios
Os municípios onde esse sórdido golpe estaria sendo aplicado, são: Rondonópolis, Alta Floresta, Alto Boa Vista, Barra do Garças, Campo Verde, Confresa, Cuiabá, Juara, Juína, Lambari D’Oeste, Pedra Preta, Peixoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Rosário Oeste, São Félix do Araguaia, São José do Rio Claro, São Pedro da Cipa, Tabaporã, Tangará da Serra, Terra Nova do Norte, Várzea Grande e Vera. O TCE notificou as 22 prefeituras, para que em 15 dias prestem os esclarecimentos devidos.
“Se constatado que foi cometida alguma fraude, vamos tomar as medidas cabíveis e usar todas as ferramentas necessárias para que essas pessoas que estão furando filas, sejam responsabilizadas”, afirmou o presidente do TCE-MT, conselheiro Guilherme Antonio Maluf.
É o mínimo que a sociedade espera que seja feito, conselheiro, já que esse “modus-operandi” pode estar sendo usado também e principalmente, para desvio das doses com o propósito de comercialização para terceiros, já que uma única dose “desviada” estaria valendo mais de R$ 500,00!