CPMI do 8/1 aprova relatório de Eliziane Gama que indicia Bolsonaro e mais 60 apoiadores

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Senadora teve relatório aprovado por ampla maioria (Vinícius Schmidt/Metrópoles)

Relatório foi aprovado por ampla maioria
(Vinícius Schmidt/Metrópoles)

Texto feito após cinco meses de trabalho da CPMI do 8/1 pede o indiciamento de 61 pessoas, como o ex-presidente Jair Bolsonaro
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira (18/10), o parecer escrito pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Foram 20 votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção.
O texto pediu o indiciamento de 61 pessoas, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cinco ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas, sendo eles Almir Garnier, da Marinha, e Marco Antônio Freire Gomes, do Exército. Também estão na lista policiais militares do Distrito Federal, incluindo o ex-comandante da corporação Fábio Augusto Vieira.
Agora, o relatório da CPMI será enviado para instâncias de investigação, como o Ministério Público Federal (MPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Os crimes imputados a Bolsonaro foram associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, que podem somar até 29 anos de prisão.
O relatório de Eliziane aponta Bolsonaro como o maior culpado pelos atos golpistas de janeiro, fazendo a construção de uma narrativa que remonta a postura dele à frente da Presidência, com críticas aos outros poderes, em especial ao Supremo Tribunal Federal (STF), e ressalta que a violência do 8 de Janeiro foi precedida por uma “violência simbólica”.
“Normalizada no primeiro escalão da República, a virulência verbal se disseminou entre o cordão de apoiadores do ex-presidente, que a utilizou como instrumento para calar as críticas e desqualificar os críticos, em uma escalada de agressividade e intolerância que culminaria com a tentativa de supressão material da própria oportunidade de diálogo, por meio do ataque às instituições democráticas”, escreveu a senadora.
Confira a lista dos 61 indiciados, no relatório de Eliziane:
Jair Messias Bolsonaro – ex-presidente da República
Walter Souza Braga Netto – general ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e candidato a vice na chapa de Bolsonaro
Augusto Heleno Ribeiro Pereira – general ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Luiz Eduardo Ramos – general ex-ministro da Casa Civil
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira – general ex-ministro da Defesa
Almir Garnier Santos – almirante ex-comandante da Marinha
Marco Antônio Freire Gomes – general ex-comandante do Exército
Mauro César Barbosa Cid – tenente-coronel ex-chefe da Ajudância de Ordens e braço-direito de Bolsonaro
Luís Marcos dos Reis – ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro
Ailton Gonçalves Moraes Barros – major do Exército
Antônio Franco Filho – coronel ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde
Jean Lawand Júnior – coronel do Exército
Anderson Gustavo Torres – ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do DF
Marília Ferreira de Alencar – diretora de inteligência do Ministério da Justiça na gestão Torres
Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia-Rodoviária Federal (PRF)
Carlos José Russo Assumpção Penteado – general do Exército, então secretário-executivo do GSI;
Carlos Feitosa Rodrigues – general de Exército, então chefe da Secretaria de Coordenação e Segurança Presidencial do GSI;
Wanderli Baptista da Silva Junior – coronel do Exército, então diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial do GSI;
André Luiz Furtado Garcia – coronel do Exército, então coordenador-geral de Segurança de Instalações do GSI;
Alex Marcos Barbosa Santos – tenente-coronel do Exército, então coordenador-adjunto da Coordenação Geral de Segurança de Instalações;
José Eduardo Natale de Paula Pereira, major do Exército, então integrante da Coordenaria de Segurança de Instalações do GSI;
Laércio da Costa Júnior, sargento do Exército, então encarregado de segurança de instalações do GSI;
Alexandre Santos de Amorim, coronel do Exército, então coordenador-geral de Análise de Risco do GSI;
Jader Silva Santos, tenente-coronel da PM-DF, então subchefe da Coordenadoria de Análise de Risco do GSI.
Fábio Augusto Vieira – ex-comandante-geral da PM-DF
Klepter Rosa Gonçalves – ex-subcomandante da PM-DF
Jorge Eduardo Barreto Naime – ex-comandante do Departamento de Operações (DOp) da PM-DF
Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra – então comandante em exercício do DOp
Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues – comandante do 1º CPR da PM-DF
Flávio Silvestre de Alencar – comandante em exercício do 6º Batalhão da PM-DF
Rafael Pereira Martins – chefe de um dos destacamentos do BPChoque da PM no dia 8 de janeiro
Filipe Garcia Martins Pereira – assessor-especial para Assuntos Internacionais da Presidência da
República na gestão Bolsonaro;
Tércio Arnaud Tomaz – assessor especial de Bolsonaro, apontado como integrante de um “núcleo formador” de desinformação;
Fernando Nascimento Pessoa – ex-assessor de Flávio Bolsonaro, apontado como integrante de um “núcleo formador” de desinformação;
José Matheus Sales Gomes – assessor especial de Bolsonaro apontado como integrante de um “núcleo formador” de desinformação;
Alexandre Carlos de Souza e Silva – policial rodoviário federal
Marcelo de Ávila – policial rodoviário federal
Maurício Junot – empresário
Carla Zambelli Salgado de Oliveira – deputada federal
Marcelo Costa Câmara – coronel ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Ridauto Lúcio Fernandes – general da reserva do Exército e integrante do grupo”kids pretos”, termo que remete a militares que concluíram o curso de Forças Especiais do Exército Brasileiro;
Meyer Nigri – empresário
Adauto Lúcio de Mesquita – empresário
Joveci Xavier de Andrade – empresário
Ricardo Pereira Cunha – empresário
Mauriro Soares de Jesus – empresário
Enric Juvenal da Costa Laureano – empresário
Antônio Galvan – presidente da Aprosoja Brasil
Jeferson da Rocha – advogado
Vitor Geraldo Gaiardo – presidente do Sindicato Rural de Jataí (GO)
Humberto Falcão – sojicultor e empresário
Luciano Jayme Guimarães – sojicultor e presidente do Sindicato Rural de Rio Verde (GO)
José Alípio Fernandes da Silveira – sojicultor e presidente da Andaterra
Valdir Edemar Fries – sojicultor
Júlio Augusto Gomes Nunes – comerciante
Joel Ragagnin – sojicultor e presidente da Aprosoja Goiás
Lucas Costa Beber – sojicultor e vice-presidente da Aprosoja Mato Grosso
Alan Juliani – sojicultor e presidente da Aprosoja Bahia
George Washington de Oliveira Sousa – condenado por tentativa de atentado à bomba no aeroporto de Brasília
Alan Diego dos Santos Rodrigues – condenado por tentativa de atentado à bomba no aeroporto de Brasília
Wellington Macedo de Souza – condenado por tentativa de atentado à bomba no aeroporto de Brasília
Fonte: Mariah Aquino/Metrópoles

 

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