Críticas deixaram Blairo Maggi de “saia justa” com a Polícia Federal
As críticas contundentes do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP) à Polícia Federal, quanto à Operação Carne Fraca, “queimou o filme dele” com a corporação.
Blairo não gostou “nadinha” quanto à forma como a PF divulgou a operação, que segundo ele contribuiu para causar prejuízos ao país, em relação à suspensão das exportações da carne brasileira, ao mercado estrangeiro.
Paralelamente à queda nas exportações, que abala consideravelmente a balança comercial do país e a classe produtora a que ele pertence, também pesa o fato de se ter descoberto na operação, que o PMDB e o PP – partido a que se filiou recentemente – estão envolvidos em esquema de propinas, oriundas de grandes grupos produtores de alimentos, como a JBS e a BRF.
É espantoso que um ministro da Pasta responsável pela fiscalização dos alimentos que a população brasileira consome e que exporta para 150 países do mundo todo, tenha tido uma reação dessas.
Isso leva a opinião pública a supor que Blairo preferia que a podridão mostrada pela Polícia Federal ficasse “debaixo do tapete” e que nós continuássemos a comer carne podre e que nossa saúde fosse para o “beleléu”, além de comprovar mais ainda que a classe política se importa mesmo, é em “puxar a brasa pro seu assado”, já que Blairo é um grande produtor rural e pecuarista, dono de grande rebanho bovino nas terras mato-grossenses e representante da classe produtora.
Blairo deveria se lembrar que pode ter “telhado de vidro” e que a PF tem o “estilingue”.
Principalmente, às vésperas de uma possível delação do ex-governador Silval Barbosa – quanto às maracutaias cometidas no Palácio Paiaguás, sede do governo mato-grossense.
Por onde Blairo já passou, quando – justamente – Silval era seu vice!