Defesa de Dilma usará entrevista de Temer, como prova contra o impeachment

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Internautas "caíram de pau" no golpista (Foto: ClickPolítica)

Temer joga a culpa em Cunha, pelo golpe
(Foto: ClickPolítica)

A repercussão da entrevista de Michel Temer à TV Bandeirantes (leia aqui) na noite de ontem, em ele cita desvio de finalidade o processo de impeachment em sua origem, municiou a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff que irá protocolar amanhã, uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF), usando a entrevista como prova, para contestar sua retirada do cargo, forçosamente.
Conforme relata o site Exame.com, Dilma foi afastada definitivamente da Presidência da República no dia 31 de agosto de 2016, por 61 votos a 20 no Senado.
Em dezembro de 2015, a bancada do PT na Câmara decidiu fechar questão contra Cunha no conselho, se posicionando a favor da continuidade do processo de cassação do peemedebista. Cunha decidiu então aceitar o pedido de impeachment contra Dilma, feito pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal. O peemedebista disse à época que a aceitação do pedido tinha “natureza técnica”.
Entrevista
Na entrevista, veiculada na noite de ontem, Michel Temer relembra uma conversa mantida com o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na época alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.
Em determinado trecho da entrevista, Michel Temer é taxativo quando afirma: “Eu vejo o noticiário, dizendo que o presidente do PT e os três membros do PT se insurgiram e votariam contra (Cunha). Quando foi 15h da tarde, ele (Cunha) me ligou e disse: ‘Tudo aquilo que eu disse (de arquivar os pedidos de impeachment de Dilma) não vale, porque agora vou chamar a imprensa e vou dar início ao processo de impedimento’”, relatou Temer.
Por 11 a 9, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados acabou aprovando um relatório, que pedia a continuidade do processo contra Cunha. Para Temer, se o PT tivesse votado a favor de Cunha, “era muito provável que a senhora presidente continuasse” no cargo.
Indagado por um repórter se a história teria sido outra se Cunha tivesse conseguido os três votos do PT no conselho, Temer respondeu: “Seria outra, é verdade”.
Saiu fora

Na abertura do impeachment, Temer estava contentíssimo
(Foto: Divulgação)

Durante a entrevista, o presidente disse que contou o episódio para revelar que Cunha não iniciou o processo de impedimento de Dilma por sua causa. “Eu jamais militei pra derrubar a senhora presidente da República”, enfatizou Temer.
Cunha “cutucou a onça com vara curta”, quando formulou perguntas entregues no depoimento ao juiz Sergio Moro, dirigidas a Michel Temer.
Por sua vez, querendo livrar a cara e da pecha de golpista, Temer joga a culpa em Cunha.
Tem muito “aquilo”por aí ainda, prá ser “jogada no ventilador”.
Aguardemos! 
Com Exame.com

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