Delator da “Carne Fraca”: “ainda não foi mostrado, nem 1% do esquema descoberto pela PF”

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Carne estragada com selo SIF (Foto: Internet)

Carne estragada, com selo SIF
(Foto: Internet)

O fiscal agropecuário federal Daniel Gouveia Teixeira, responsável por denúncias que levaram à Operação Carne Fraca, afirmou que há uma série de irregularidades ainda não reveladas pela Polícia Federal (PF). Em entrevista à Rádio Eldorado hoje (22), Teixeira ressaltou que o pagamento de propina é frequente no processo de fiscalização da carne. “Não foi mostrado nem 1%, do que foi descoberto pela Polícia Federal.”
Ingerência de políticos
O servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que foi transferido de função desde o início das investigações, atribui as falhas à ingerência decorrente de indicações políticas. “É a interferência de políticos para tirar e colocar fiscais mais rigorosos em locais que não atrapalhassem interesses das empresas”, relatou. Teixeira também revelou que havia denúncias relacionadas ao setor engavetadas há cerca de dez anos. “A PF conseguiu fazer em dois anos, o que o Ministério da Agricultura não fez em dez”, garante.
Apesar de denunciar o envolvimento de colegas e frigoríficos nos casos de corrupção, o fiscal tranquiliza a população em relação ao consumo da carne produzida no País. “Não é motivo de pânico. A população tem de conhecer o produto, verificar se é fiscalizado. 90% dos meus colegas são pessoas honestas e qualificadas, que trabalham para garantir a qualidade dos produtos.”
Prática contumaz
Teixeira ainda afirmou que as irregularidades foram registradas ao longo de vários governos, ao menos desde o mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e que não houve mudança após o PMDB assumir o Planalto. O delator disse não ter conhecimento de qualquer associação ou formação de cartel por parte dos frigoríficos que pagavam propina a servidores federais. Ele criticou ainda as tentativas de minimizar a importância da Operação Carne Fraca.
O funcionário representa a categoria como delegado sindical, mas garante não ser filiado a nenhum partido político. Ele recebe segurança da Polícia Federal e de outros órgãos de segurança do Paraná, desde o início da operação, há dois anos e meio.
Com Estadão

1 thought on “Delator da “Carne Fraca”: “ainda não foi mostrado, nem 1% do esquema descoberto pela PF”

  1. A turma da “carne estragada” está mesmo sem rumo. O jornal O Popular de Goiânia, nesta data, mostrou uma publicidade onde a JBS mostra uma embalagem com picanha com validade de 2013. Isso já não é mais carne, é MÚMIA! A não ser que a JBS descobriu o segredo dos embalsamento dos Faraós e Rainhas do Egito. Com certeza não foi essa picanha que o Tremer e seus convidados devoraram naquela churrascaria que comercializa pratos com carne importada do URUGUAI.

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