E o H1N1?
Entre os grupos prioritários considerados pela área de Saúde Pública, o que mais deve merecer atenção, sobretudo em momentos críticos como o de agora, em que o mundo enfrenta uma pandemia (enfermidade epidêmica amplamente disseminada) do novo coronavírus (COVID-19), com certeza o mais vulnerável é o dos idosos, formado por pessoas com idade a partir dos 60 anos.
É que com o avançar da idade a imunidade vai diminuindo, deixando pessoas desse grupo altamente expostas a ataques de vírus e bactérias, que podem provocar diversas doenças.
Pois bem, Rondonópolis, com uma população beirando os 300 mil habitantes a exemplo do ano passado, recebeu por enquanto, 3.500 doses da vacina contra o vírus H1N1, causador da gripe Influenza (que também pode levar à morte os infectados), que devido à necessidade premente estão destinadas a imunização dos profissionais que estão atuando no combate ao coronavírus.
O município, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), possui cerca de 20 mil idosos, com faixa etária variando de 60 quase até 100 anos, que são, naturalmente, suscetíveis a doenças diversas e que estão, praticamente, a descoberto.
Com sintomas assemelhados, os dois vírus representam um risco altíssimo a este contingente de pessoas, com muitos já registrando leves resfriados, até por conta da variação das temperaturas, nesta época do ano.
Com dois deputados federais (um, baba ovo de Jair Bolsonaro e que costuma dar pitacos em assuntos que não lhe competem, enquanto o outro está mais preocupado em escapar de ações que podem cassar seu mandato) e um senador (que no ano passado viabilizou as doses necessárias), Rondonópolis continua sendo tratada como um vilarejo, ficando, outra vez, à mercê da boa vontade do Ministério da Saúde em enviar doses suficientes para a vacinação contra o H1N1.
Enquanto isso, outros municípios do mesmo porte receberam vacinas antecipadas e estão promovendo a vacinação de todos os grupos prioritários, alguns, inclusive, efetuando a vacinação de idosos, a domicílio, e em pontos externos, evitando assim que eles precisem deixar o isolamento relacionado ao coronavírus, transitem pelas ruas e causem aglomerações na unidades fixas de vacinação, o que contribui para o contágio e a propagação do COVID-19.