Eleições: Mendes fala sobre eleitorado e judicialização

alx_ministro-gilmar-mendes-tse-20160407-0002_original3Em entrevista coletiva de imprensa realizada dia 25, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília, o ministro Gilmar Mendes, presidente daquela Corte, adiantou que as eleições municipais deste ano custarão R$ 600 milhões e terão mais de 144 milhões de eleitores, com redução por conta dos eleitores com direito a voto facultativo (pessoas entre 16 e 18 anos), que hoje somam cerca de 700 mil votantes.
Mulheres e descrença
O número é 4% maior do que o do penúltimo pleito, em 2012, e 1,1% maior do que em 2014. As mulheres continuam como maioria entre os eleitores, como nas duas últimas eleições, com 52% do eleitorado, ante 47% de homens
A diminuição da participação de jovens de 16 e 17 anos, que em 2012 somaram 3 milhões de jovens, atualmente caiu e está em 2,3 milhões. “Os dados mostram a descrença do jovem com relação à política”, avaliou o ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE.
Registro de candidaturas
Também baixou o número de registro de candidaturas, com apenas 122 candidatos a vereador e prefeito estando certificados até agora. São esperados, ao todo, de 530 mil a 580 mil registros de candidaturas. Os candidatos têm até o dia 15 de agosto para registrar suas candidaturas.
Ganha mas não leva
O presidente do TSE citou que os resultados das eleições poderão ser proclamados, mas ainda sem a certeza sobre o registro. “Vamos ter muitas impugnações. O resultado das urnas pode ser considerado provisório”, ressaltou.
Judicialização
Sob sua ótica, Mendes acredita que o teto de gastos das campanhas, a demora no registro das candidaturas e questões como a ficha limpa, acarretarão na judicialização das eleições deste ano. “É constrangedor passarmos por isso”, lamentou o ministro.
Para evitar atraso maior na divulgação do resultado real das eleições, o TSE autorizou juízes substitutos a avaliar candidaturas nos tribunais regionais eleitorais.
Ainda bem que irá vigorar a judicialização nessas eleições, que pretende acabar com o vício dos que se elegem e permanecem nos cargos, amparados por recursos judiciais, mesmo estando “mais sujos do que pau de galinheiro”.
Finalmente, “a porca vai torcer o rabo”, para o lado dos corruptos.
Hora das mulheres
Também as mulheres devem se atentar para o fato de que são a maioria do eleitorado e parar de votar nos “bonitinhos de ocasião”, elegendo pessoas sérias e comprometidas, principalmente mulheres, para os cargos eletivos, que hoje possuem ainda ínfima participação na política.
Com informações: Congresso em Foco
Foto: VejaAbril

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