Em audiência pública, Sanear explicou situação da ETE
O Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) deu explicações na segunda-feira (21), durante audiência pública na Câmara Municipal de Rondonópolis, sobre o mau cheiro que exala da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e que afeta diretamente os moradores dos bairros Magnólia e Dona Fiúca, localizados próximos à estação de tratamento.
A diretora geral do Sanear Terezinha Souza e o diretor técnico Hermes Ávila, ouviram as demandas dos moradores dos dois bairros e apresentaram algumas propostas para amenizar o incomodo gerado.
De acordo com a diretora geral da autarquia, desde 2009, Rondonópolis tem colocado como uma das prioridades o investimento na melhoria da cobertura da rede de esgoto, tanto que o munícipio é o que possui melhor infraestrutura na área em Mato Grosso, superando a capital Cuiabá. E pontuou que o Sanear está trabalhando para amenizar esse problema que vem causando transtornos nos bairros que foram crescendo em torno da ETE, contudo, ainda é necessário de mais investimentos vindos de Brasília para se ter resultados satisfatórios.
“Existe toda uma equipe técnica no Sanear trabalhando nos últimos meses incansavelmente em busca de solução para o problema do mau cheiro. Mas no momento estamos enfrentando problemas com corte de recursos em Brasília, pois o maior corte de recursos aconteceu na área de esgoto. E para trazer mais investimentos precisamos do apoio da câmara”, disse Terezinha Souza.
Entre as preocupações pontuadas por alguns representantes de bairro, foi com relação ao aumento de captação de esgoto previsto para acontecer nos próximos meses, devido a finalização das obras de instalação da rede de esgoto que está sendo feito em mais de 10 bairros de Rondonópolis.
Contudo, o diretor técnico Hermes Ávila, esclareceu que esse aumento na captação não irá piorar o mau cheiro sentido na região, e que as duas lagoas de tratamento que também estão sendo finalizadas não influenciarão.
O problema chave apontado durante a reunião pelo vereador Adonias Fernandes (PMDB), responsável pela convocação da reunião, como pelo professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Domingos Sávio e o diretor técnico Hermes Ávila, é a questão da entrada do esgoto ‘in natura’ na primeira lagoa.
“Em longo prazo o Sanear irá buscar instalar reatores no inicio do tratamento do esgoto que irão queimar esses gases emitidos no ar, e, assim não ter tanto situação de mau cheiro. Acreditamos que isso daria uma amenizada, mas não temos prazo para a implantação desse sistema, pois não temos recurso”, explicou Ávila.
E como proposta em curto prazo colocado para os moradores, foi o aumento do cinturão verde em torno da ETE, pois os eucaliptos já colocados em torno não são suficientes. E o plantio de plantas que servirão como filtros será feito a partir de outubro, com o aumento das chuvas.