Empresas de fachada eram usadas para tráfico interestadual de entorpecentes

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Grupo atuava em MT, SP e RJ (PF)

Grupo atuava em MT, SP e RJ
(PF)

Na manhã de hoje, a Polícia Federal e o Gaeco deflagraram a “Operação Sierra Hotel”, que simultaneamente ocorre em Mato Grosso nas cidades de Primavera do Leste, Cuiabá e Várzea Grande, e em Guarulhos (SP), e Rio de Janeiro (Capital), visando combater o financiamento ao tráfico de drogas e crimes relacionados.
Os policias cumprem 10 mandados de busca, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Primavera do Leste (médio norte de MT) em empresas de fechada, utilizadas na intermediação de negociações suspeitas, que envolvem pessoas físicas e jurídicas de diversas partes do país, no financiamento do tráfico de drogas e crimes conexos.
Início das investigações
As investigações se iniciaram em junho de 2021, com a prisão na cidade do Rio de Janeiro, de três pessoas em flagrante pelo transporte 470 tabletes de substância análoga à maconha em uma ambulância. O motorista era acompanhado por dois “batedores”, que acabaram identificados como proprietários da substância ilícita.
O aprofundamento das apurações deu-se com o mapeamento das atividades financeiras do grupo criminoso, que demonstrou que empresas ligadas aos proprietários da droga tiveram transações financeiras milionárias no período investigado.
Por sua vez, as diligências policiais evidenciaram que a empresa com endereço cadastral em Mato Grosso nem sequer existe fisicamente. Apesar disso, teria emitido notas fiscais em volume de empreendimento de grande parte porte, sem qualquer lastro fático, visando a aparentar o envio e recebimento de grandes quantidades de valores de pessoas físicas e jurídicas de vários estados do Brasil.
Empresas de fachada
Dentre os artifícios, eram usados pela quadrilha a criação fraudulenta de empresas quanto à sua capacidade financeira, ou ainda de “empresas de fachada”, usadas para acobertar as transações ilegais. Nesses casos, a nome social das empresas era formado a partir das iniciais do nome do seu responsável formal, o qual, na realidade, outorgava poderes a terceiros, por meio de procuração, para o efetivo controle das atividades.
Nome da operação
O nome da operação faz alusão às iniciais do mentor do esquema criminoso, em virtude de utilizar as iniciais de “laranjas” nas empresas “fantasmas” criadas em nome de terceiros, mas operadas por ele através de procurações.

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