Escolha do novo ministro está entre Cármen Lúcia e Temer
Embora oficialmente o discurso ainda seja de cautela em relação ao futuro da Operação Lava Jato, pessoas ligadas à ministra Cármen Lúcia, presidente do Superior Tribunal Federal (STF), afirmam que ela irá acelerar os trâmites, para redistribuir todas as ações da operação, cujo centro das atenções diz respeito as delações de 77 executivos e ex-executivos das empreiteiras Odebrecht e Camargo Corrêa, que envolvem mais de 300 políticos de altos cargos federais e estaduais.
Um movimento da ministra neste sentido, antecipando-se à escolha de Michel Temer para o substituto de Teori Zavascki na Corte, seria justificada como forma de não paralisar a operação, cujo andamento já está comprometido com a morte do relator; não seria a primeira vez em que isso aconteceria; em 2009, Gilmar Mendes, então presidente do STF, redistribuiu os casos relatados por Menezes Direito, morto naquele ano; no Planalto, porém, cresce a pressão para que Temer não demore a escolher o substituto de Zavascki.
Homologação
Por outro lado, há uma movimentação de Michel Temer, para nomear o novo ministro, que terá que ser homologado pelos senadores, dentre eles 12 que são investigados na Operação Lava Jato.
Na lista dos investigados, estão Aécio Neves (PSDB-MG), Benedito de Lira (PP-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Fernando Collor (PTC-AL), Gladson Cameli (PP-AC) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
Com Brasil 247