Esposa do presidente do TRF2 recebeu R$ 12 milhões da Fecomércio

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Ana Basílio é esposa do presidente do TRF2 (Reprodução)

Ana Basílio é esposa do presidente do TRF2
(Reprodução)

Segundo o jornalista Maurício Lima em sua coluna Radar na Veja, ontem, a Operação Jabuti da Polícia Federal (PF), deflagrada na sexta-feira (23) e que levou à prisão do presidente da Fecomércio (RJ), Orlando Diniz, teria aproximado a Lava-Jato do Rio, do Poder Judiciário.
É que a documentação levantada pelo Ministério Público Federal (MPF) aponta pagamento de honorários milionários a escritórios de advocacia do Rio de Janeiro, dentre eles o Basílio Advogados, cuja banca pertence à Ana Basílio.
Seria normal se não fosse um pequeno detalhe: Ana Basílio é casada com o desembargador André Fontes, presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, órgão que é responsável pelos recursos da própria Lava-Jato naquele estado.
Segundo a denúncia, o escritório recebeu R$ 12 milhões, para atuar em ações no Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, no STJ e na Justiça Federal.
Tão logo a nota começou a ser veiculada pela coluna, a força-tarefa da Lava-Jato no Rio expediu a seguinte nota: “A Força Tarefa da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro vem esclarecer, diante de recente matéria veiculada no Radar Veja sob o título “Mulher do presidente do TRF2 recebeu R$ 12 milhões da Fecomércio”, que não está investigando membros do Poder Judiciário.
Não há qualquer elemento indicativo de envolvimento de membros do Poder Judiciário nas investigações até aqui realizadas. Ademais, como se sabe, os membros do Poder Judiciário gozam de foro por prerrogativa de função, não podendo ser investigados na primeira instância.
A elaboração de matéria jornalística relatando fatos fora de contexto para tirar conclusões equivocadas relacionadas ao Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região é especulativa, não tendo qualquer fundamento na realidade dos fatos.
O Desembargador Federal André Fontes, no exercício da Presidência do TRF2, vem apoiando administrativamente, de maneira significativa, os trabalhos desenvolvidos no âmbito da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro”.
Depois que Alexandre de Moraes –  que advogou para membros do PCC, em ações na Justiça – foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), nada mais me surpreende!

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