“Farra da Propina”: Barreto e mais 11 são denunciados pelo MPE
O ex-prefeito de Rondonópolis e ex-deputado estadual Hermínio J. Barreto (PR) e mais 11 pessoas, foram denunciados ontem à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPE), por envolvimento em um esquema de cobrança de propinas – conhecido como “Farra da Propina -, através de fraudes em procedimentos licitatórios e extorsões junto a empresários mato-grossenses, dentro do projeto de asfaltamento de rodovias estaduais do Programa MT Integrado.
Denunciados
Os denunciados foram citados na delação premiada do ex-governador Sival Barbosa (sem partido) à Procuradoria Geral da República (PGR) no ano passado, e além de J. Barreto atinge o próprio Silval, os ex-secretários estaduais Silvio Cezar Correa Araújo, Valdísio Juliano Viriato (Infraestrutura e Transportes), Maurício Souza Guimarães (Copa) e Vanice Marques (Desenvolvimento do Turismo); bem como os ex-deputados estaduais Airton Rondina Luiz “Português” e Carlos Antonio Azambuja; o ex-deputado estadual e hoje federal, Ezequiel Ângelo Fonseca (PP); o ex-deputado estadual e procurador do Estado, Alexandre Luis Cesar; e os atuais estaduais José Domingos Fraga (PSD) e José Joaquim de Souza Filho, o “Baiano Filho” (PSDB).
Em pedido liminar, o MPE requereu a indisponibilidade de bens dos acusados, cujo montante desviado ultrapassa os R$ 37 milhões. Além do ressarcimento ao Erário, o MPE pretende assegurar o pagamento de multa civil e eventual dano moral coletivo.
Esquema
Na delação premiada, Silval Barbosa afirmou que no esquema cada deputado recebia R$ 600 mil, em parcelas de R$ 50 mil mensais. A propina tinha como origem desvios do programa de asfaltamento MT Integrado e servia para que os parlamentares não “atrapalhassem” o andamento de diversas obras e programas do governo.
Além dos 7 acusados pelo MPE ontem, foram flagrados em vídeo recebendo dinheiro os atuais prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e a afastada Luciane Bezerra (PV), prefeita de Juara.
A extorsão, de acordo com Silval Barbosa, era para que fossem aprovadas na Assembleia Legislativa, as contas de seu último ano de governo.
Da Redação com Folhamax