Flávio e Queiroz serão investigados pela Receita Federal
Ainda esta semana, a Receita Federal deve dar início ao cruzamento das informações levantados pelo Coaf com as declarações de Imposto de Renda, dos envolvidos na Operação Furna da Onça – que investiga 27 deputados estaduais do Rio de Janeiro e 75 servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), por movimentações financeiras consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A ação da Receita Federal incluirá o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor e motorista, e servirá para esclarecer pontos de interrogação na investigação criminal, no caso popularmente chamado de “Bolsogate”.
Pente-fino
O Coaf identificou movimentações suspeitas numa conta de Fabrício Queiroz, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, no valor de R$ 1,2 milhão e o recebimento de pagamento em sua conta, de ao menos oito funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro.
De acordo com o jornal “O Globo”, em outros dois anos – quando ainda trabalhava com Flávio na Alerj – Queiroz teria movimentado R$ 5,8 milhões.
O pente-fino da Receita Federal também irá apurar o repasse de R$ 24 mil para a conta de Michelle Bolsonaro, hoje primeira-dama do Brasil, que de acordo com Jair Bolsonaro (JB) provinha de pagamento de um empréstimo que ele havia feito a Queiroz, que usou a conta de sua mulher porque ele (Bolsonaro) não tinha tempo para ir à agência bancária.
Segundo o Fisco ainda, Fabrício Queiroz será chamado para esclarecer o repasse de R$ 24 mil a Michelle Bolsonaro e em se confirmando que se trata de um empréstimo, Queiroz terá de demonstrar como ele recebeu o empréstimo de Jair Bolsonaro, além da checagem se o valor saiu mesmo da conta de JB.
Da Redação com Estadão