Fórum Agro MT recebe comitiva da Aprofir-MT para discutir agricultura irrigada em MT
A Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT), em parceria com Fórum Mato-Grossense da Agropecuária realizou ontem (21), em Cuiabá, uma reunião que discutiu sobre a agricultura irrigada em Mato Grosso e a segurança alimentar com sustentabilidade. Na oportunidade também, a associação apresentou um relatório sobre a missão internacional ao estado do Nebraska (EUA), onde foi conhecido o sistema de irrigação da região, bem como foi anunciado um plano de estudos para a irrigação em Mato Grosso.
O presidente da Aprofir-MT, Otávio Palmeira, destaca que todos sabem do potencial hídrico de Mato Grosso e também da demanda pelo aumento da produção mundial de alimentos, e segundo ele, o estado tem todas as condições com o auxílio da irrigação de atender essa crescente busca pela produtividade sem a abertura de novas áreas. “A princípio um importante estudo amplo deste potencial hídrico está em curso e com a parceria do governo do estado que se comprometeu em estar ao nosso lado neste projeto, por meio das secretarias de Meio Ambiente, de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e do MTPAR. Hoje estamos aqui, junto a outras entidades ligadas ao Agro que possam somar junto conosco e estamos agradecidos pela receptividade e pela confiança em nós depositada”, explicou.
Para o presidente do Fórum Mato-Grossense da Agropecuária e da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Itamar Antônio Canossa, a apresentação do relatório da Aprofir-MT sobre a visita ao polo de irrigação em Nebraska, ajuda a desmistificar algumas ideias distorcidas sobre o uso da água na cadeia produtiva de alimentos. “O assunto apresentado é muito pertinente e que tem grande validade e utilidade, porque estamos vindo de uma época que todo mundo critica o uso excessivo da água, e quando na verdade, nós analisamos por números que não é o que se fala, pois são fakes propagadas na população. Percebemos que a água é necessária e tem que ser utilizada, e com estes projetos e estudos que a associação vem realizando é para nós empregarmos ela de forma sustentável e sem desperdício”, disse.
O setor sementeiro mato-grossense também participou da reunião de apresentação do relatório, o presidente da Aprosmat, Gutemberg Silveira, disse que as informações repassadas ao setor do agro, podem subsidiar ações e projetos para o uso racional das águas subterrâneas do estado. “É um recurso valioso para vida, mas que pode ser utilizado na irrigação pelo Mato Grosso afora, com monitoramento, com uso adequado e que desta forma racional não trará consequências futuras baseado nos estudos internacionais, inclusive no Nebraska onde a APROFIR foi visitar”, destacou.
O relatório apresentado para o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Marcos da Rosa, colocou frente a frente duas realidades diferentes da utilização dos recursos hídricos, com a visita da missão mato-grossense ao estado americano do Nebraska. “O importante foi dar um choque nos produtores, nas entidades e mostrar para o estado por meio da secretaria de Meio Ambiente a viagem que fizeram a um estado que tem praticamente 3 milhões e meio de hectares irrigados. E transferindo para o Mato Grosso, que temos apenas 150 mil hectares de irrigação, e fica o grande impacto de como podemos produzir o ano inteiro como crescimento da irrigação que é incipiente, e todos os setores sabendo desta necessidade de aumento desta produção é o objetivo deste estudo”, explicou.
A gerente de sustentabilidade da Aprosoja, Marlene Lima, destaca que o estudo apresentado na reunião marca um novo momento para o uso sustentável da água no campo. “É um divisor de águas para o Mato Grosso as informações repassadas pelo professor Everardo Mantovani, pois precisamos desmistificar que agricultura é responsável pelo consumo de 70% da água do planeta, e este estudo está provando isso. E com esta apresentação clara e substanciada nós podemos criar um plano de trabalho para o estado é claramente um plano de gestão onde as políticas públicas, no caso a Sema tomarem as decisões em cima de um banco de dados ausente, e com o estudo da Aprofir, esta realidade será mudada”, finalizou.
Cairo Lustoza/Assessoria