Gilmar Fabris é alvo de mandado de prisão pela Polícia Federal
Em decorrência de não ter sido encontrado pela Polícia Federal (PF) em sua residência em Cuiabá ontem e, principalmente por saber com antecipação de que a PF faria busca e apreensão no local – feita hoje pela manhã – o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), que é vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), teve decretado contra si mandado de prisão, por obstrução à Justiça (ocultação de provas).
Rondonópolis
Fabris teria vindo para Rondonópolis – de onde é oriundo e também possui residência – nas primeiras horas da manhã de ontem, e ao tomar conhecimento hoje de que há mandado de prisão aberto contra ele, estaria retornando a Cuiabá, para se apresentar na Superintendência da Polícia Federal.
O deputado é um dos citados na delação de Silval Barbosa (PMDB) à Procuradoria Geral da República (PGR), como beneficiário também do “mensalinho”.
Num dos vídeos entregues por Silval à PGR, Fabris reclama do valor do repasse em relação aos demais envolvidos.
Conforme o delator, a propina recebida por Gilmar Fabris era no sentido dele dar apoio à gestão do ex-governador na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Nota
Em nota repassada à imprensa, Gilmar Fabris nega que tenha agido de forma a destruir provas ou obstruir a Justiça.
“Com relação ao pedido de prisão autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) nega que tenha agido para destruir provas ou obstruir a Justiça.
O parlamentar estava desde ontem em Rondonópolis. Ao tomar conhecimento da ordem de prisão pegou a estrada em direção a sede da Polícia Federal em Cuiabá para se apresentar acompanhado dos seus advogados de defesa.
A legislação autoriza a prisão de parlamentares somente em caso de flagrante ou crime inafiançável, o que não se enquadra ao caso e será questionado pela defesa.”