Gilmar Fabris é contra benefícios aos deputados
O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Gilmar Fabris (PSD) declarou, esta semana, ser contrário à concessão de 13º salário e abono de férias, aos parlamentares estaduais.
Fabris enfatizou que o pagamento desses dois benefícios, seria injusto com o Estado, que vive um momento de recessão econômica.
A ALMT criou uma comissão para debater o acréscimo do 13º salário e o abono de férias para os parlamentares, conforme publicação do Diário Eletrônico da AL-MT da última sexta-feira (3). Os trabalhos da comissão tiveram início nesta semana e o relatório deve ser entregue até 3 de março.
Fabris revelou ser contrário aos novos benefícios salariais, pois o item iria contrapor com as medidas austeras que vêm sido adotadas para melhorar a economia do Estado. “Isso vai confrontar com um momento em que dizemos que não temos recursos para dar a RGA que o servidor deseja, mas temos recursos para nosso 13º. É uma coisa é diferente da outra, porque é o duodécimo, mas tem uma palavra chamada ‘bom senso’”, disse, na manhã desta quinta-feira (9), em entrevista à rádio Capital FM.
“Não é justo que nós, parlamentares, estejamos no Plenário pedindo para votar um projeto para dar mais economia para o Estado, mas levarmos vida bilionária, com 13º, 14º e outros benefícios”, completou.
O social-democrata garantiu que a posição contrária aos benefícios não é uma tentativa com o único objetivo de angariar votos em possíveis eleições futuras. “Falo isso porque sou sincero. No Colégio de Líder também serei contra, não estou jogando pro povo. É muito dinheiro, não é o momento para fazer isso”.
Um dos argumentos utilizados pela portaria que instituiu a comissão para analisar a criação do décimo terceiro salário e do abono de férias é de que o Supremo Tribunal Federal (STF) admitiu a possibilidade de pagamento dos itens trabalhistas a prefeitos e vices e destacou que outros agentes políticos também podem pleitear o direito.
Salário
Atualmente, o salário bruto de um deputado estadual de Mato Grosso é de R$ 25.300,00 em média, segundo o Portal Transparência da AL-MT. O impacto nos cofres públicos, com a medida, se contarmos apenas o décimo terceiro salário, será de R$ 632.500,00 por ano.
De acordo com Fabris, mesmo a Justiça podendo vir a conceder a medida, ela não deveria ser acatada pela Casa. “Se é Lei, então era somente criar, sem precisar de comissão. Mas não é o momento. O período é de contenção, está todo mundo economizando”, enfatizou.
Com informações Folhamax