Ginecologista é preso por estuprar pacientes

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Suspeito foi levado para um presídio (Foto: G1 MG)

O acusado foi levado para um presídio
(Foto: G1 MG)

Um ginecologista de 70 nos, acusado de abusar sexualmente das pacientes foi preso hoje, em Belo Horizonte (MG). O acusado foi detido em casa e levado à Delegacia da Mulher, para prestar esclarecimentos sobre as acusações, onde recebeu voz de prisão e foi conduzido a um presídio.
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram no ano passado, quando uma mulher prestou queixa contra o médico, depois de uma consulta em um hospital particular, em Betim, na Região Metropolitana. “Logo após a realização do exame preventivo, de câncer no colo do útero, ele aproveitou que a mulher estava na posição ginecológica, com as pernas cobertas por um lençol e manteve conjunção carnal com ela ali, de repente, sem ela esperar”, contou a delegada Cristiane de Oliveira.
Mais denúncias
A delegada afirma que há outras duas ocorrências contra o ginecologista, em Betim. Em 2015, ele teria abusado de duas mulheres, uma delas estava grávida e fazia consulta de pré-natal. Ainda de acordo com delegada, o médico é concursado da Prefeitura e já chegou a atender pacientes em três postos de saúde da Grande BH. A Prefeitura afirma que, desde 2015, ele atende em uma única unidade de saúde.
Segundo a delegada, há denúncias contra o médico também em Belo Horizonte e em Nova Lima, na Região Metropolitana. “Já foram registradas ocorrências contra esse médico, com o mesmo teor. Esses procedimentos desnecessários, inadequados. E também nos postos de saúde em que ele trabalha aqui em Betim, existem várias reclamações informais de clientes que não gostaram da forma que ele procedeu na consulta, mas que não registraram o boletim de ocorrência”, disse Cristiane.
As mulheres que sofreram abuso têm entre 30 e 40 anos de idade. A delegada acredita que o acusado tenha abusado de mais pacientes.
Segundo a policial, o médico nega o crime. Ele foi encaminhado para um presídio.
Processo administrativo
A Prefeitura de Betim informou que há um processo administrativo contra o médico, desde 2014. Disse ainda que, atualmente, ele atendia com a supervisão de uma técnica. A administração municipal afirmou que caso as denúncias contra o ele sejam comprovadas, ele será demitido do serviço público.
CRM
O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Minas Gerais, afirmou que o caso será encaminhado para a corregedoria do órgão. A partir daí será aberta uma sindicância, que pode ou não resultar em um processo contra o profissional. Este processo pode resultar em punições, que variam desde advertência confidencial até a cassação do diploma.
O médico também pode ser absolvido no processo.
Com G1 MG

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