Governo Temer propõe salário mínimo menor para 2018
Em mais um golpe vergonhoso contra os trabalhadores brasileiros, cuja grande maioria está na parte mais fraca da “corda”, o governo de Michel Temer planeja reduzir o valor do salário mínimo a vigorar em 2018, visando obter, com isso, R$ 3 bilhões de economia ao governo, que desesperadamente precisa rever a meta fiscal devido à arrecadação abaixo da prevista.
Essa redução será de R$ 10, fixando o salário mínimo em R$ 969,00 ao invés de R$ 979, 00, que também continuaria longe de ser suficiente para prover o sustento adequado de uma família brasileira. A mudança foi divulgada pelo Ministério do Planejamento. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 937.
De acordo com o governo de Temer, essa medida, dentre outras, também é necessária porque a arrecadação com impostos e tributos está mais baixa que a prevista, reflexo da recuperação da economia que é mais lenta que a esperada.
Contingente
Atualmente, cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil recebem salário mínimo, entre elas aposentados e pensionistas, cujos benefícios são, ao menos em parte, pagos pelo governo federal, já que a Previdência é deficitária (arrecada menos do que gasta).
Com o salário mínimo menor, portanto, o governo economiza nas despesas com o pagamento desses benefícios.
A previsão de que o salário mínimo no ano que vem seria de R$ 979 está na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018, enviada pelo governo ao Congresso em abril e sancionada por Michel Temer no início de agosto.
Dieese
O valor do salário mínimo proposto para o próximo ano ainda está distante do valor considerado como “necessário”, segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o órgão, o salário mínimo “necessário” para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ R$ 3.810,36, ainda em julho deste ano.
Por outro lado, esbanjam dinheiro com salários dos setores públicos, além dos gastos governamentais, que não são compatíveis com a situação por que vem atravessando o Brasil.
Até quando isso vai durar?
Da Redação com G1 Brasília