Idosos: dicas de como driblar a depressão e ansiedade na quarentena

O coronavírus em si não é o único vilão de 2020. O novo modelo de vida para prevenir a proliferação da doença tem acabado por gerar ou reviver problemas tão sérios, quanto.
Como um dos principais “efeitos colaterais” do isolamento social, sobretudo em idosos, doenças como a ansiedade e a depressão têm feito especialistas redobrarem a atenção.
O médico Diógenes Garrio Carvalho, que atua na “Saúde do Idoso” do Grupo Gera Medicina, de Rondonópolis, explicou que os distúrbios citados da pandemia somatizam-se a uma característica deficitária já reconhecida deste público, do ponto de vista físico e mental, que já gatilhos para a depressão e similares.“Transtornos psiquiátricos já são hoje a maior causa de adoecimento em idosos. Estas pessoas já possuem uma angústia por natureza, em virtude do déficit que possuem em relação a algumas tarefas do dia a dia. Não têm mais vigor físico, muitos não estão trabalhando e isso já potencializa. Na pandemia, isso soma-se ao isolamento”, ilustrou.
Garrio comenta que a situação se agrava pelo fato da família se perder na linha tênue entre o isolamento e a solidão. “O que dificulta é que quem está em volta não sabe bem lidar com a situação. Os idosos são quadros de risco da COVID-19 e são partes do grupo com maior incidência de mortes, então a família promove uma superproteção”, defendendo que o uso da tecnologia como uma boa saída. “As mídias sociais podem ser uma válvula de escape. Se o idoso já tem problema de memória ou coisa do tipo, acaba que não entende o porquê de alguns entes estarem distantes. Tenho notado alguns casos de depressão que estavam sob controle e saíram, além de novos casos. Uma conversa de vídeo, um áudio recebido e as interações com quem amam fará muita diferença.”, finalizou o profissional de Saúde.
A Gera Medicina e Segurança do Trabalho, onde atua o médico Diógenes Carvalho, localiza-se na Rua Afonso Pena, 809, em Rondonópolis/MT. O telefone de contato é o (66) 3424-0035 ou (66) 3426-5085.
Fonte: Notícias de Saúde