Idosos pobres na mira da reforma de Bolsonaro
A sanha de penalizar os mais indefesos e pobres parece não ter limites pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), que apesar de propor a antecipação da idade de benefício para idosos pobres (de 65 para 60 anos) com o projeto da Reforma da Previdência entregue pessoalmente por ele ao Congresso, esta semana , por outro lado reduz os valores iniciais pagos através do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Pelo projeto de Bolsonaro, o valor de um salário mínimo vigente (R$ 998) pago hoje, será diminuído para R$ 400 a quem tem 60 anos, chegando ao valor do salário mínimo somente para quem tiver 70 anos e que esteja em condição (comprovada) de miserabilidade.
Para os deficientes que também têm direito ao benefício, os valores e idades não mudam.
Atualmente, o BPC é pago a idosos e pessoas com deficiência, que tenham renda familiar per capita de 1/4 do salário mínimo e que não possuam patrimônio superior a R$ 98 mil.
Prestado pelo INSS e previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, o BPC consiste em uma renda de um salário-mínimo para idosos e deficientes, que não possam se manter e não possam ser mantidos por suas famílias.
Que moral tem Jair Bolsonaro para propor esta e outras mudanças desumanas relacionadas à Previdência, uma vez que se aposentou aos 33 anos, depois de 15 anos servindo ao Exército Brasileiro, ganhando R$ 9.135,00, que significa 63% acima do teto do INSS, além de receber R$ 27 mil de aposentadoria por 28 anos de mandato parlamentar (em que pouco produziu de útil ao povo) e R$ 30.934,00 como Presidente do Brasil ?
Isso, sem contar que, pela expectativa de vida para os brasileiros na faixa dos 60 anos de idade, que chega a 82,3 anos, de acordo com o IBGE, Bolsonaro, nascido em 1955, continuará, em tese, a receber a aposentadoria como capitão, ao menos pelos próximos 18 anos.
Da Redação com Pragamatismo Político