Impeachment: congressistas dos EUA não apoiam Senado “corrupto” do Brasil
Um grupo de 40 congressistas do Partido Democrata dos Estados Unidos enviou uma carta ao secretário de Estado americano, John Kerry, pedindo que evite dar demonstrações que indiquem “apoio” ao impeachment de Dilma Rousseff.
Os congressistas americanos frisaram, em relação ao procedimento no Senado brasileiro, que “este não é um julgamento legal, e sim político, e que um Senado marcado pela corrupção pode acabar com a presidência de Rousseff”.
Além do pedido, a carta destaca que Dilma “jamais foi acusada de corrupção e que o processo de impeachment não está baseado em suspeitas de corrupção”. “Solicitamos que exerça a máxima precaução em seu tratamento com as autoridades interinas e que evite declarações ou atos que possam ser interpretados como um apoio à campanha de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff”.
“Nosso governo deveria expressar uma forte preocupação sobre as circunstâncias que cercam o processo de impeachment e promover a defesa da democracia constitucional e do Estado de Direito no Brasil”, acrescenta a carta. Dilma foi afastada por 180 dias em maio e é alvo de julgamento de impeachment pelo Senado, após ser acusada de aprovar gastos sem autorização do Congresso nas chamadas “pedaladas fiscais”. O Ministério Público Federal avaliou que tanto as pedaladas quanto as supostas operações de crédito não configuraram crime de responsabilidade de Dilma, contudo.
A dez dias do início dos Jogos Olímpicos do Rio, “este é um momento-chave no qual os gestos diplomáticos e as declarações dos Estados Unidos terão verdadeiras consequências para o Brasil, seu futuro como democracia, e para o mundo”, destaca uma das signatárias, a congressista Keith Ellison. “Nos preocupa que nosso governo tenha enviado sinais que possam ser interpretados como um apoio ao impeachment” e que o departamento de Estado “tenha se limitado a expressar confiança no processo democrático no Brasil”, conclui o texto.
Esta é a primeira carta do Congresso dos Estados Unidos “que expressa preocupação com a democracia no Brasil em mais de duas décadas”, assinala a pasta comandada por Kerry.
O mundo todo sabe que a interinidade de Michel Temer advém de um golpe e que, por vontade de grupelhos políticos oligárquicos, a vontade da maioria do povo brasileiro não foi respeitada.
Fora, Temer!
Com informações: Correio do Povo
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