INCRA: Município se propõe a custear reativação da base local
Com o fechamento da base avançada do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Rondonópolis, o prefeito Zé Carlos do Pátio (SD), o secretário municipal de Agricultura, Genilton Nogueira e alguns vereadores, se reuniram ontem com pequenos e médios produtores das comunidades rurais, que eram atendidas pela agência local.
Para dar celeridade na busca pela reativação da base, uma comitiva irá a Cuiabá na terça-feira (30) para uma audiência na sede do Incra, que contará com a participação da bancada federal de Mato Grosso e em seguida, irá se reunir com deputados estaduais na Assembleia Legislativa (AL).
Surpreso com a atitude do governo federal, o prefeito Zé Carlos do Pátio garantiu o custeio total da base avançada em Rondonópolis, caso o governo reabra a unidade.
Com o fechamento, cerca de 5.800 famílias que moram em assentamentos de 11 municípios da Região Sul, ficaram sem atendimento mais próximo de suas propriedades, tendo que ir a Cuiabá para buscar os serviços.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Cláudio da Farmácia (MDB), comentou que é hora de unir forças para tentar reabrir a base, porque o município está tendo um retrocesso com isso. O vereador comentou que outros parlamentares também vão trabalhar, para mobilizar a bancada federal e sensibilizar o governo pela reabertura da unidade de atendimento.
Até a medida do governo federal, o município custeava cerca de 90% da base do INCRA em Rondonópolis, assumindo despesas com água, energia elétrica, telefonia e também com servidores, sendo que o instituto ficava apenas com a despesa de um servidor. “Estamos dispostos a manter 100% dos custos, para manter a base avança aberta na nossa cidade”, destacou Zé Carlos do Pátio.
Dentre os diversos serviços oferecidos, está a emissão dos títulos que, segundo moradores de assentamentos, não recebiam há 30 anos e também certidões, que são usadas por pequenos, médios e grandes produtores para adquirirem financiamentos.
Vergonhosamente, esta é mais uma medida autoritária e prejudicial aos pequenos e médios produtores – que praticam a agricultura familiar e não usam de agrotóxicos, tomada pelo (des) governo de Jair Bolsonaro (PSL), que tem a atenção somente voltada para os grandes produtores do país, principalmente os de soja.