Joesley: “Temer chefia a maior e mais perigosa quadrilha do Brasil”
Em entrevista à revista Época desta semana, o empresário Joesley Batista, da JBS, afirma que, “ o Brasil é hoje presidido por seu maior e mais perigoso criminoso, chamado Michel Temer, e chefe da maior e mais perigosa quadrilha do País, a Orcrim instalada na Câmara dos Deputados”.
Modus operandi
Joesley colocou que o grupo criminoso liderado por Temer, tem como destaque Moreira Lima, Eduardo Cunha, Geddel Viana, Henrique Meirelles e Eliseu Padilha, e que de seus comandados, “quem não está preso, está hoje no Planalto (Palácio)”.
O esquema, segundo Joesley: Moreira Franco operava nos aeroportos; de outro, Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima atuavam na Caixa Econômica Federal; em paralelo, Michel Temer e Eliseu Padilha conspiravam no Congresso, enquanto Henrique Eduardo Alves recolhia propinas numa das arenas da Copa do Mundo; com o golpe dos corruptos contra a presidente honesta, o Brasil passou a ser comandado diretamente pelo crime e milhões de pessoas perderam seus empregos.
Na entrevista, o empresário cita que, “Essa turma é muita perigosa. Não se pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles. Por outro lado, se você baixar a guarda, eles não têm limites. Então meu convívio com eles foi sempre mantendo à meia distância: nem deixando eles aproximarem demais, nem deixando eles longe demais. Para não armar alguma coisa contra mim”.
Troca de favores
Sobre sua relação com Michel Temer, Joesley Batista disse que ela sempre foi baseada na troca de favores. “Nunca foi uma relação de amizade. Sempre foi uma relação institucional, de um empresário que precisava resolver problemas e via nele a condição de resolver problemas. Acho que ele me via como um empresário, que poderia financiar as campanhas dele – e fazer esquemas que renderiam propina. Toda a vida, tive total acesso a ele. Ele por vezes me ligava para conversar, me chamava, e eu ia lá.”
Guerrilha na Internet
Dentre os ponto0s colocados na entrevista à Época, Joesley menciona o caso em que Temer pediu para que ele ajudasse a financiar a guerrilha na internet, para ajudar a golpear a presidente legítima Dilma Rousseff, a quem devia lealdade institucional, e financiar o golpe de 2016. “Sempre estava ligado a alguma coisa ou a algum favor. Raras vezes não. Uma delas foi quando ele pediu os R$ 300 mil para fazer campanha na internet antes do impeachment, preocupado com a imagem dele. Fazia pequenos pedidos. Quando o Wagner saiu, Temer pediu um dinheiro para ele se manter. Também pediu para um tal de Milton Ortolon, que está lá na nossa colaboração. Um sujeito que é ligado a ele. Pediu para fazermos um mensalinho. Fizemos. Volta e meia fazia pedidos assim. Uma vez ele me chamou para apresentar o Yunes. Disse que o Yunes era amigo dele e para ver se dava para ajudar o Yunes”, afirma.
Cobrança de favores
Segundo Joesley, Temer acredita que os empresários lhe devem favores em razão do cargo que ocupa. “Há políticos que acreditam que pelo simples fato do cargo que ele está ocupando, já o habilita a você ficar devendo favores a ele. Já o habilita a pedir algo a você de maneira que seja quase uma obrigação você fazer. Temer é assim”, diz ele.
Hierarquia
Em relação ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que foi o condutor do impeachment fraudulento contra Dilma Roussef e que hoje está condenado a mais de 15 anos de prisão, Joesley Batista revela que ele é subordinado a Temer. “A pessoa a qual o Eduardo se referia como seu superior hierárquico, sempre foi o Temer. Sempre falando em nome do Temer. Tudo que o Eduardo conseguia resolver sozinho, ele resolvia. Quando ficava difícil, levava para o Temer. Essa era a hierarquia. Funcionava assim: primeiro vinha o Lúcio [o operador Lúcio Funaro]. O que ele não conseguia resolver pedia para o Eduardo. Se o Eduardo não conseguia resolver, envolvia o Michel”, afirma. “Em grande parte do período que convivemos, meu acerto era direto com o Lúcio. Eu não sei como era o acerto do Lúcio do Eduardo, tampouco do Eduardo com o Michel. Eu não sei como era a distribuição entre eles. Eu evitava falar de dinheiro de um com o outro. Não sabia como era o acerto entre eles. Depois, comecei a tratar uns negócios direto com o Eduardo. Em 2015, quando ele assumiu a presidência da Câmara. Não sei também quanto desses acertos iam para o Michel. E com o Michel mesmo eu também tratei várias doações. Quando eu ia falar de esquema mais estrutural com Michel, ele sempre pedia para falar com o Eduardo.”
Institucionalização da propina
Sobre a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, o empresário da JBS frisa que foi para institucionalizar o achaque. “O mais relevante foi quando Eduardo tomou a Câmara. Aí virou CPI para cá, achaque para lá. Tinha de tudo. Eduardo sempre deixava claro, que o fortalecimento dele era o fortalecimento do grupo da Câmara e do próprio Michel. Aquele grupo tem o estilo de entrar na sua vida, sem ser convidado”, afirma. Ele enfatizou ainda que a turma que governa o Brasil pós-golpe “é a maior e mais perigosa organização criminosa deste país, liderada pelo presidente”.
Alguém duvida disso?
Com Brasil 247
Sem dúvida é uma quadrilha de peso. Mas, há outra de alguns “pesos pesados” capitaneada por um tal de “Jararaca”. Senão vejamos: Zé Dirceu, Palocci, Vacari, Bumlai, Cerveró, Renato Duque, Delcídio, Mantega, Funaro, Bendine . . .
Sem dúvida que a quadrilha mencionada é “top”. “JARARACA” era cabra valente de Lampião. Mas o tal “Jararaca” a que se refere o internauta é um “bundão” que quando a coisa aperta a culpada é a “falecida”.