Jornalista será indiciada por calúnia e extorsão a Feliciano e assessor
A jornalista e estudante de direito Patrícia Lelis, de 22 anos, será indiciada pela Polícia Civil de São Paulo, por suspeita de denunciação caluniosa e extorsão, de acordo com o delegado Luiz Roberto Hellmeister, titular do 3º Distrito Policial (DP), Santa Ifigênia.
A investigação que agora mira Patrícia começou após ela acusar o assessor parlamentar do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, de tê-la sequestrado, mantido em cárcere privado e a ameaçado. Segundo Patrícia, a ação de Bauer ocorreu após ela divulgar que o deputado Marco Feliciano tentou estuprá-la em Brasília.
De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, além da suspeita de denunciação caluniosa e extorsão, Patrícia é investigada por ameaça depois de aparecer numa gravação, obtida pela polícia, ordenando que Bauer matasse um amigo dela. O assessor, que é chefe de gabinete de Feliciano, também é policial civil aposentado, e se recusou a obedecer Patrícia.
As investigações começaram a partir de denúncia feita inicialmente por Patrícia. Na sexta-feira (5), a jornalista registrou boletim de ocorrência na delegacia contra Bauer, que chegou a ser preso e liberado após negar as acusações.
“O caso teve uma reviravolta durante as investigações, que mudaram de foco. Ela deixou de ser vítima para ser investigada”, disse Hellmeister neste sábado ao G1. “Ela mentiu sobre todas as acusações que fez contra o assessor do deputado e será indiciada.”
O delegado não informou quando fará o indiciamento de Patrícia. Se somadas, as penas dos crimes de denunciação caluniosa e extorsão podem variar de seis a 20 anos de prisão. A reportagem não conseguiu localizar a jornalista e Bauer para comentarem o assunto.
Segundo o delegado, Bauer admitiu em depoimento que pagou R$ 20 mil a um amigo de Patrícia para que, em troca, ela parasse de acusar o deputado de ter tentado estuprá-la em Brasília. Essa versão foi confirmada à polícia pelo rapaz que recebeu o dinheiro, que foi apreendido. O 3º DP apura a suspeita de que a jornalista teria cobrado R$ 300 mil para ficar em silêncio.
Existem JORNALISTAS e jornalistas. Estes últimos, adoram ser “estrelas” e acabam se dando mal, como é o caso de Patrícia Lelis.
Com G1 SP
(Foto-montagem: Reprodução/GloboNews, Nilson Bastian/Câmara dos Deputados e Reprodução/TV Globo)